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Tatuagem do deputado Wladimir Costa é temporária, dizem especialistas

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Tatuadores do Pará disseram que o desenho exibido pelo Deputado Federal Wladimir Costa (SD-PA), que apareceu com o nome do presidente Temer gravado acima do ombro direito, embaixo de uma bandeira do Brasil, aparenta não ser definitivo. Segundo especialistas consultados pelo G1, as imagens do parlamentar mostram um tipo de tinta que é incompatível com as tatuagens permanentes, feitas com agulhas. A reportagem procurou o parlamentar, que não foi localizado para comentar o caso.

Nas postagens no Facebook, Costa não esclarece se a tatuagem é permanente. A assessoria dele informou não ter conhecimento. “Derramo o meu sangue pelos meus companheiros. E, se preciso for, até a última gota”, escreveu o deputado no Facebook.

“Tudo indica que é uma tatuagem de hena”, avalia o tatuador Sideny Fernandes, conhecido como Magal. “São visíveis algumas partes da tatuagem descascadas. Além disso, a camisa manchada de tinta indica que se tratava de uma tatuagem de hena que acabara de ser feita e, portanto, não havia secado”, explica.

O tatuador Wellington Tavares, conhecido como Biro, realiza tatuagens há 10 anos e também acredita que é uma tatuagem de hena. “Analisei as fotos e percebi as distorções no desenho. As linhas são visivelmente embaçadas”, explica. Ainda de acordo com Biro, a coloração se equipara à de tatuagens de hena, diferente da tatuagem fixa, que é mais expressiva.

Tatuador há oito anos, Daniel Marcos analisou o acabamento da inscrição realizada por Wladimir e também atestou a coloração comparada à de hena. “Não tem o tom avermelhado ao redor do desenho. Geralmente a pele fica irritada alguns dias, pois a tatuagem permanente causa um ferimento. Levando-se em consideração que ele postou a foto no mesmo dia que teria feito a tatuagem, deveria ser visível o tom vermelho na pele”, explica.

Foto em rede social
Wladimir Costa está entre os principais defensores de Temer na Câmara. Ele já havia se posicionado a favor do presidente durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que aprovou relatório recomendando ao plenário a rejeição da denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente por corrupção passiva.

Na publicação em que divulgou a tatuagem, o deputado escreveu: “Podem falar o que quiserem”, se referindo às críticas. “Não me ofendo. Eu só digo uma coisa: Não sou hipócrita”, escreveu.

Fonte: G1

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