A delegada Anamelka Cadena, coordenadora do Núcleo de Feminicídio da Polícia Civil do Piauí, acredita que a Lei Maria da Penha, que completa 11 anos de existência nesta segunda-feira (7), ajudou a ampliar o número de denúncias de crimes cometidos contra mulheres no estado. Ela admitiu avanços da lei, mas disse que isso não afasta a necessidade de mais mecanismos de proteção às mulheres vítimas de violência.
A coordenadora reforçou o alerta para que quem souber de alguma agressão não espere que a vítima faça a denúncia. "A gente não tem que esperar apenas a vítima", disse Anamelka Cadena, em entrevista ao Cidade Verde Notícias, da Rádio Cidade Verde. A delegada informou que muitos casos de feminicídio começaram com violência doméstica não denúnciada para a polícia.
Outro alerta da delegada é para que a divulgação sobre os benefícios da Lei Maria da Penha seja ampliado cada vez mais, em especial para municípios do interior, onde ainda falta atendimento especializado. Ainda que a demanda de atendimentos da polícia tenha aumentado, ainda existiria dificuldade de vítimas no interior em procurarem ajuda.
Anamelka Cadena advertiu que alguns crimes ocorrem quando a vítima desconhece "tanto das potencialidades da lei como que ela está inserida no ambiente de violência, que é muito comum as mulheres estarem nesse cenário dentro de casa e não conseguirem identificar".
Fábio Lima
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