Cidadeverde.com

Levar choque ao sair do carro é fenômeno natural

Imprimir

É comum ver nessa época do ano, com longos períodos de estiagem, motoristas tomarem choques ao sair do veículo e encostarem na carroceria. Alguns chegam a procurar por oficinas ou auto-elétricos na esperança de resolver esse grave incômodo, mas infelizmente isso não tem conserto. Há, porém, como evitar o inconveniente. O fenômeno é facilmente explicado pelas leis da física. Essa ação é decorrente de uma descarga eletrostática (produção de carga proveniente do atrito entre materiais distintos) e acontece justamente em dias muito secos. Mas, apesar do nome assustar um pouco, a carga oriunda desse fenômeno não é suficiente para causar nenhum tipo de dano, nem ao corpo nem ao carro. Todo o material tem uma carga elétrica e no caso dos isolantes, como ar,couro e a estrutura metálica do carro, ela é positiva. Quando acontece o atrito entre esses materiais eles tornam-se um ímã em potencial.

ELETROSTÁTICA - Em uma eventual separação, como por exemplo, a do motorista, vestido com roupa de lã e sentado sobre o banco do carro com revestimento de couro, eles entram em atrito e a pessoa fica eletrostaticamente carregada (o mesmo acontece com o carro, que sofreu atrito com o ar). Quando o motorista sai do veículo e fecha a porta, ou então coloca o antebraço na janela, pode sentir o tal choque. Isso porque há uma diferença de carga entre o corpo humano, que é condutor, e o carro (isolante). Então há uma busca pelo equilíbrio entre as cargas e, assim, o choque acontece. Entre as dicas para deixar de sentir essa desagradável descarga elétrica deve-se evitar, por exemplo, tocar no carro de forma repentina. Ou seja, se a pessoa segurar com ímpeto a porta do veículo ao sair e pisar no chão não vai sentir o choque. ''''O veículo, por estar sobre pneus de borracha - material que isola o potencial elétrico da terra - acumula cargas elétricas e o choque ocorre por haver um desequilíbrio entre elas'''', diz Plínio Ferreira Cabral Júnior, diretor de Engenharia Elétrica.

ACONTECIMENTO NATURAL - Os engenheiros elétricos dizem que não tem muito como contribuir nesses casos, pois trata-se de um acontecimento natural que pouco pode ser alterado. ''''Tal característica é própria da matéria e não uma especificidade do carro'''', explica Leonardo Alvarenga, engenheiro elétrico e coordenador da Comissão Especial de Interferência Eletromagnética da AEA. Ele ressalta que os materiais utilizados no veículo podem contribuir mais ou menos na matemática entre as cargas - couro e lã retêm mais carga, assim como tempo seco, já que o ar menos úmido é mais propício ao acúmulo de íons.


(Fonte: Estadão)

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais