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Júlio César: Sistema de eleição usado hoje é um dos piores que país já teve

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O deputado federal Júlio César (PSD) declarou que o sistema de votações utilizados atualmente é um dos piores que o país já teve, porque beneficia, muitas vezes, quem tem um número menor de votos em detrimento de alguns candidatos que obtêm muito mais.

Júlio César considera que deve haver uma mudança quanto ao modelo de votação, mas não manifestou qual seria, nem se concorda ou não com o “distritão". Além disso, o parlamentar afirmou que há muita resistência em relação a qualquer mudança nas regras eleitorais, sobretudo quanto ao financiamento de campanha, que também está sendo discutido dentro da reforma eleitoral.

“Eu acho que qualquer que seja a mudança, há resistência. É uma reação natural até porque o povo não entende direito esse problema matemático. Se é bom para um, para outro, se para todos, ou só para os que têm mandato. Mas eu acho que o atual sistema é um dos piores que o Brasil já teve. Tem que haver uma mudança, tem que aquele eleito representar o povo. O problema é que a mudança, fica a opinião pública jogando, achando que é só interesse dos deputados que estão lá. Eu acho que se votar hoje, o distritão tem maioria, o problema é que é PEC e eu não sei se tem maioria para chegar aos 308 votos, eu tenho minhas dúvidas, mas é o modelo mais dominante que tem a vontade da maioria”, salientou o deputado. 

De acordo com Júlio César, o “Fundão”, proposta de financiamento público de campanha que está sendo analisada no processo da reforma, tem sido bem polêmica e gerado também muita resistência.

“É um guerra contra o fundão, achando que isso vai apenas favorecer os grandes partidos que estão lá, pelo critério proporcional da representação que cada partido tem, então também está muito dividido. Agora eu, estudando os números, vejo que essa história de tirar meio por cento da receita corrente líquida, que vai dar quase R$ 4 bilhões da União, é uma coisa muito difícil. Estamos estudando uma alternativa que não tire, porque o governo está quebrado”. 

O deputado acrescentou que como está proibida doações de empresas, é preciso criar uma condição que dê primeiro transparência e depois evite doações “por debaixo dos panos”, por parte das empresas ou de pessoas físicas para financiamento de campanha.

Zonas eleitorais 
Ainda de acordo com o parlamentar, também está crescendo a resistência contra o fechamento das zonas eleitorais em todo o Brasil. No Brasil, conforme determinação do Tribunal Superior Eleitoral, devem ser extintas em torno de 900 zonas em todo o Brasil. No Piauí, o Tribunal Regional Eleitoral votou a proposta apresentada pelo TSE para extinguir 29 zonas, mas em sessão sugeriu e aprovou a extinção de 24.   

“Eu fui procurado pelo presidente da Associação dos Magistrados do Brasil e marquei uma reunião lá no Congresso para reagir contra essa decisão. É um absurdo fechar zonas eleitorais praticamrnte no ano ou véspera de uma eleição. Alegam que pela economia, pela projeçaõi que me deram vai ser só de 1%. Eu sei que o orçamento está acochado, mas vinha pagando, então é importante lutar pela manutenção. Eu vou trabalhar como coordenador, vou mobilizar a bancada do nordeste contra a extinção”, finalizou. 


Lyza Freitas
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