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Doria diz que PSDB precisa ‘acalmar os ânimos’ e ter nomes novos na direção

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Doria e Alckmin participaram de abertura da Expo Cristã na capital paulista - Edilson Dantas / Agência O Globo (17/08/2017)

 

Apesar de negar uma disputa à Presidência em 2018 com seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu nesta segunda-feira que o PSDB antecipe para outubro sua convenção nacional, prevista para dezembro, na qual um novo presidente tucano deve ser eleito.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, ele disse que a legenda precisa "acalmar os ânimos", em referência às disputas entre os grupos ligados aos senadores Aécio Neves (MG), presidente afastado, e Tasso Jereissati (CE), presidente em exercício. Doria defendeu ainda que a sigla passe por uma renovação e permita a entrada de novos nomes na direção partidária.

— O partido precisa de serenidade, acalmar um pouco os ânimos, antecipar (a convenção nacional) de dezembro para outubro e permitir uma oxigenação na executiva, abrindo espaço para prefeitos eleitos em 2016, parlamentares novos. Um time jovem, compondo com figuras históricas — disse Doria, pontuando que “não quer mal a Tasso e Aecio”. — Numa nova eleição ele (Aecio) não estará disputando. E teremos um novo presidente. É preciso ter renovação também no PSDB.

Doria foi cobrado sobre as viagens que fez no último mês para cinco estados e repetiu o discurso de que pode comandar a cidade de qualquer lugar pela internet. O tucano rejeitou a interpretação de que está aproveitando as agendas fora da capital paulista para fazer campanha à Presidência e disse que não disputa com Alckmin, eventual candidato do PSDB:

— Minha relação com ele (Alckmin) é a melhor possível. Não vou competir com ele. Não disputo com Geraldo Alckmin.

Antes de terminar a entrevista, o prefeito repetiu uma piada que tem sido contada à exautão por Alckmin nos últimos anos, sempre que alguém lhe pergunta se será candidato à Presidência da República:

— Serei candidato a presidente só se for do Santos Futebol Clube — disse Doria, que torce para o mesmo time de futebol que o governador.

DIVISÃO NO PSDB

O racha interno no PSDB ficou mais evidente após a divulgação, na semana passada, de um programa partidário na TV encomendado por Tasso no qual a legenda admite que errou — mesmo sem dizer exatamente em quê.

A peça fez críticas ao que chamou de “presidencialismo de cooptação” — em ironia ao "presidencialismo de coalizão" — e provocou reação de ministros tucanos.

No último domingo, Aécio e Temer ainda se encontraram fora da agenda oficial, no Palácio do Jaburu. O tema da reunião seria para esvaziar a influência de Tasso dentro da legenda.

No entanto, a versão oficial dos dois é de que o encontro foi para tratar de temas relativos à Cemig. No Twitter, Temer afirmou: "Não entro em assuntos internos de outras legendas. Não o fiz, nem o faria em relação ao PSDB."

 

Fonte: O Globo 

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