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Caso Iarla: Justiça nega transferência de ex-tenente para presídio comum

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Após dois meses preso no 2º Batalhão de Engenharia e Construção, o ex-tenente do exército José Ricardo da Silva Neto teve sua transferência negada pela Justiça. Mesmo após a decisão do exército de retirar a patente do acusado de matar a namorada e balear a irmã e uma amiga da jovem, o primeiro pedido de transferência foi negado e o segundo, protocolado há mais de um mês, ainda aguarda uma decisão do juiz.  

Silva Neto estava no exército desde 2014 e atualmente era 2º tenente. Diante do crime foi aberta uma sindicância e o pedido de prorrogação dele no serviço militar foi revogado fazendo com que o tenente perdesse a patente e se tornasse novamente um civil, mas a defesa argumentou que a transferência dele do BEC para um presídio comum significaria risco a integridade física dele. 

No documento do dia 04 de agosto, o juiz Antônio Noleto do Tribunal Popular do Júri, levou em consideração a presunção de inocência, uma vez que não há condenação penal definitiva. Com isso, ele indeferiu o pedido de transferência do ex-oficial feito pelo próprio exército.  No dia 10, o Ministério Público na pessoa do promotor Ubiraci Rocha, protocolou um pedido de reconsideração da decisão, aprofundando informações sobre o estatuto militar, no qual destaca ele agora é civil, perdendo assim os direitos inerentes ao posto. O promotor defende que ele seja transferido para um estabelecimento penal comum.

Em função do novo pedido o juiz abriu vistas para a defesa do acusado se manifestar. A advogada da família de Iarla Barbosa, explica que aguarda com confiança a nova decisão da Justiça. "O Ministério Público fez o pedido de reconsideração para a sua transferência. Foram feitas todas as considerações e novamente o pedido da transferência. O juiz pediu vistas para o advogado da defesa e estamos aguardando essa resposta e depois o juiz vai deferir ou não o pedido", explicou Karla, advogada da família.

No início desse mês a informação de que José Ricardo da Silva Neto fora desvinculado das forças armadas trouxe ânimo à família e aos amigos das vítimas que aguardam a transferência dele para o sistema prisional. A tristeza do primo, é compartilhada pela família, mas sem perder a esperança.

“Por saber que realmente a Justiça até o momento tem uma demora, é angustiante pra gente, por saber da forma que a minha prima partiu, é injustificável que a impunidade prevaleça nesse momento. Mas ao mesmo tempo a gente fica otimista pelo belo trabalho que o doutor Ubiraci Rocha vem realizando”, afirmou Jordy Mesquita, primo de Iarla.

Enquanto espera, a família da vítima mobiliza para que esse e outros casos de homicídio não caiam no esquecimento. “A gente tá se mobilizando com a ajuda dos amigos, dos familiares presentes aqui em Teresina para no próximo mês realizarmos mais um ato em prol de Justiça e Paz na nossa capital. A Iarla era uma pessoa muito alegre e muito humilde. A preocupação dela com o próximo chamava muita atenção", concluiu Josnaira Carolina Silva, amiga de Iarla.

Reportagem de Gorete Santos
Rayldo Pereira (Da Redação)
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