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A arte como terapia ocupacional no Teatro João Paulo II

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O aprendizado pode servir como terapia. Pelo menos para um grupo de senhoras que participam de uma oficina de reciclagem no Teatro João Paulo II, no Dirceu, zona Sudeste, não precisou de receita médica para trocar o cansaço e o tédio por uma dose de alegria no rosto e dinheiro no bolso. Bastaram algumas aulas com o professor Manoel Severino em que aprenderam a transformar sucata em obras de arte.

Maria Inês e Adélida Sousa exibem peças feitas durante oficina
 
A oficina é realizada há mais de dois anos no Teatro João Paulo II e reúne cerca de 25 alunas, que aprendem gratuitamente várias técnicas do fazer artístico utilizando material reciclado. Papelão, garrafas pet, tampas, cabaças, latas de cerveja, esses e muitos outros produtos encontrados no lixo, com o talento dos futuros artistas, são transformados em peças decorativas. “A oficina acontece de 8h as 11h e atrai muitas pessoas, principalmente com mais idade, que as vezes estão com problemas de saúde, de depressão e melhoram muito aqui. É na verdade uma terapia”, explica Manoel Severino.

Uma das mais vividas do grupo, a senhora Adelida Sousa Silva, de 61 anos, alega que não sabia que tinha esse talento para lidar com a arte e que, a princípio, procurou a oficina apenas para aprender as técnicas, mas alcançou algo ainda maior. “Só depois dos meus 60 anos que descobri como é bom aprender. Eu vivia cansada e estressada e isso serve como terapia, pois vai desenvolvendo o cérebro. A gente vai criando uma coisa e depois já está imaginando outra e fazendo. É muito bom”, frisa.

Já para as donas de casa Sebastiana Pereira Nunes, de 41 anos, e Maria Inês da Silva, além de uma ótima ocupação, a oficina ainda ajuda na complementação de renda com a venda dos produtos elaborados pelos alunos. “Agora somos também artesãs e agora não enxergamos uma garrafa pet, por exemplo, como lixo e sim como algo que pode se transformar em arte. Tudo que vejo não chão eu cato. Minha filha morre de vergonha disso”, relata Inês. “A gente aprende a fazer de tudo e ainda pode repassar o conhecimento”, destaca Sebastiana.

Os produtos feitos pelos artistas são de peças para cozinha, pingüins de geladeira a cesto de ovos, e objetos de decoração, copos, entre outros. Eles são vendidos em média a R$ 10. 

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