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Jovens são as maiores vítimas da violência, diz pesquisa

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Os jovens com idades entre 19 e 24 anos são as principais vitimas da violência no Brasil, segundo levantamento feito pela Fundação Seade a pedido do Ministério da Justiça e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados foram divulgados nesta terça-feira.
 
De acordo com a pesquisa, essa faixa etária é que enfrenta os maiores riscos de "perder vidas por causa da violência letal". Logo atrás vem a faixa etária dos adultos com idades entre os 25 e os 29 anos; e os jovens entre os 12 e os 18 anos de idade. Os dados são resultado de uma levantamento feito em 266 cidades, em todas as regiões do país.

A pesquisa apontou ainda que há uma relação direta entre a violência e participação no mercado de trabalho e escolaridade. De acordo com o Fórum, os jovens que não realizam funções remuneradas e não estudam formam o grupo mais suscetível a ser vitima da violência.

O indicador também confirma que os que residem em domicílios com assentamentos precários, caso de favelas, são os mais expostos à violência, assim como as cidades com menor índice de investimentos.

"Na prática, constata-se que nas cidades onde a vulnerabilidade juvenil é muito alta a despesa realizada em segurança pública, em 2006, foi de R$ 3.764 por mil habitantes, enquanto os municípios com incidência baixa do índice aplicaram R$ 14.450 por mil habitantes", destacou o Fórum.

Também para o "Projeto Juventude", o instituto Datafolha fez outro levantamento, em que apontou que 55% dos jovens brasileiros afirmou já ter visto corpos de pessoas assassinadas. Além disso, 31% afirmou que tem facilidade para adquirir arma de fogo e 11% afirmou ver com frequência violência praticada por policiais.

A identificação do grau de violência a que os jovens são expostos é a primeira parte do "Projeto Juventude e Prevenção da Violência" promovido em 13 Estados brasileiros. Nesses locais ainda serão desenvolvidos programas de prevenção, organização de seminários de discussão com gestores, e elaboração de cartilhas para atuação em projetos de prevenção.

"A partir dessas informações inéditas, o poder público, em todas as suas instâncias, passa a contar com um poderoso e sólido instrumento de auxílio para a definição de políticas de segurança pública voltadas à preservação dos jovens brasileiros", analisa o presidente do Conselho de Administração do Fórum, Humberto Vianna.
 
 
Fonte: Folha Online
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