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Assaltos aos Correios levam carteiros a pedir mais segurança

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Os assaltos frequentes às agências da Empresa de Correios e Telégrafos no Piauí têm voltado, novamente, a atenção do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e do Ministério Público do Trabalho em administrar medidas que garantam a segurança tanto dos clientes como dos próprios funcionários das agências. O roubo na tarde desta quinta-feira (02), onde três homens armados invadiram a agência dos Correios, no bairro Vermelha, zona Sul de Teresina, levando cerca de R$ 20 mil em dinheiro, suscitou reflexões para o perigo em que estão expostas pessoas que necessitam utilizar este serviço. 

No balanço de 2011, cerca de 47 agências foram assaltadas na capital. Os assaltos acontecem sempre da mesma forma quando homens armados invadem o local, rendem funcionários e clientes e depois saqueiam o dinheiro existente em caixa.

Muitos destes assaltos tem desfechos trágicos. Em 2011, por exemplo, um assalto a uma agência no bairro Parque Itararé, região do Grande Dirceu,  levou a morte Paulo Barbosa Mesquita, policial militar que foi atingido com vários disparos de arma de fogo. 

Em junho do ano passado, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Piauí provocou o Ministério Público do Trabalho a ingressar uma ação na Justiça do Trabalho para garantir a segurança dos trabalhadores desses estabelecimentos. Por esta medida, no prazo máximo de 90 dias, a ECT deveria adotar medidas de vigilância ostensiva, como a instalação de portas giratórias blindadas, resistentes a tiros de armas até o calibre 45, equipadas com detectores de metal, em todas as suas agências e postos no Piauí.

Segundo José Rodrigues, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, até agora os mecanismos de segurança previstos na Lei Estadual nº 5.636/2007 e na Lei Federal nº 7.102/83, não estão sendo cumpridos. "Nossa maior preocupação é resguardar a vida. Esse direito não está sendo respeitado e o que existe é uma omissão de responsabilidades. Os maiores prejudicados são as pessoas que trabalham nas agências ou necessitam utilizar o serviço, pois todo o dinheiro roubado está no seguro", disse José Rodrigues. 

No último dia 20 de janeiro, uma petição foi apresentada pelo procurador do Trabalho José Wellington Soares, no qual o Ministério Público do Trabalho - MPT - requer a imediata execução provisória da decisão condenatória do Tribunal Regional do Trabalho - TRT - enquanto não é julgado o recurso apresentado pelos Correios ao Tribunal Superior do Trabalho. Na ação, o Ministério Público do Trabalho solicita que a ECT/PI cumpra a legislação em vigor e dote todas as agências dos Correios do Estado de instrumentos de segurança.
 
Segundo informações do setor de protocolo do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, a petição deverá ser distribuída a um juiz nos próximos dias.

Com informações da TV Cidade Verde
Graciane Sousa (especial para o Cidadeverde.com)
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