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Teresina recebe “Faxina Nos Bairros” contra o Aedes aegypti

A Prefeitura de Teresina, através da Fundação Municipal de Saúde (FMS), está sensibilizando os cidadãos a combaterem o mosquito Aedes aegypti. Próximo sábado, 19, a partir das 8h, os bairros Parque Brasil I e II (zona Norte), Santa Cruz (Sul), Morros (Leste) e Parque Ideal (zona Sudeste) receberão a equipe de operação Faxina nos Bairros, que tem por objetivo mobilizar os teresinenses para a prevenção de doenças como a dengue, zika e chikungunya, por meio da intensificação na coleta do lixo residencial.

Os locais contemplados com esta primeira etapa da ação apresentam os números mais altos de infestação pelo mosquito, segundo o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação para o Aedes aegypti (LIRAa).

A população está recebendo orientações de agentes de saúde, durante toda a semana, para que recolham todo tipo de lixo inservível da sua casa, inclusive aqueles utensílios de grande porte que estejam jogados no quintal e que possam se transformar em criadouro de mosquito. “Diante da recente descoberta de consequências relacionadas às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, faz-se importante a realização de ações de caráter imediato. Temos que limpar a cidade como uma medida preventiva para garantir mais saúde à população”, diz o prefeito Firmino Filho.

A Faxina nos Bairros faz parte do Plano Municipal de Enfrentamento ao Aedes aegypti e terá prosseguimento nos sábados seguintes. O material colocado nas calçadas pela população será recolhido aos sábados pelos caminhões das Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs).

A intenção é alcançar o maior número possível de bairros. A operação Faxina Nos Bairros já está agendada também para os dias 26 de dezembro, 02 e 09 de janeiro de 2016, sempre contemplando todas as regiões da cidade.

 

CONFIRA AS ROTAS DA FAXINA NOS BAIRROS DO SÁBADO, 19

 

Zona Norte

Bairro Parque Brasil I e II

Todas as ruas

Ponto de Partida: Hospital Mariano Castelo Branco

 

Zona Sul

Bairro Santa Cruz - Vila Bom Jardim e Vila Bom Jesus

Ruas: Andradina, Rua do Telégrafo, Rua Odilon Nunes e Rua 11 de Julho.

Ponto de Partida: Praça da Vila São José, às 8h.

Trajeto: Segue Av. Henry Wall de Carvalho, depois Ulisses Guimarães (principal do Promorar), Rua Três (11 de Julho) e Vitor Andrade Aguiar até o cruzamento com a Pindaré, onde fica a pracinha da Vila São José.

 

Zona Leste

Bairro Morros

Ruas: Rua Professor Alcides Lebre, Professor Miguel Borges, Professor Agripino Oliveira, Professor Felismino Weser, Maria Julia Santos, Professora Bugyja, Professora Manoca Nobre, Ester Castelo Branco e Professora Amália Pinheiro.

Ponto de Partida: Unidade Escolar Tio Bentes, localizada na Avenida Rossini Morada.

Como chegar – a Avenida Kennedy é o caminho mais certo para ter acesso à Avenida Rossini Morada.

 

Zona Sudeste

Bairro Parque Ideal

Abrangerá Parque Ideal e Dom Helder

Início: Avenida Pedro Teixeira (Praça), em frente ao posto de saúde do Parque Ideal, indo até a linha do trem próximo a Avenida Jornalista Antonio Neves de Melo (Conjunto Dom Elder).

 

Da Redação

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O que é falso e o que é verdade nas mensagens de WhatsApp sobre zika

Nas últimas semanas, mensagens escritas e em áudio nas redes sociais – especialmente no WhatsApp – têm criado alarme na população ao narrar cenários catastróficos sobre o surto de zika vírus e sua relação com a epidemia de microcefalia no país.

Até o dia 5 de dezembro, o Ministério da Saúde registrou 1.761 casos de microcefalia, uma má-formação que prejudica o desenvolvimento do cérebro do bebê, em 14 Estados. Já foi confirmada a relação entre a explosão dos casos e a proliferação do zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Dizendo ter informações "de fonte segura", os autores das mensagens falam em um suposto aumento de casos de complicações neurológicas graves, atingindo especialmente crianças até os sete anos e idosos, que não poderiam ser revelados, a pedido das autoridades.

O Ministério da Saúde, a Fiocruz e especialistas consultados pela BBC Brasil explicam o que é falso, o que é verdadeiro e o que ainda não está totalmente confirmado entre as afirmações dessas mensagens.

Falso: Crianças de 1 a 7 anos e idosos estão apresentando 'sequelas neurológicas graves' após zika

Segundo as autoridades de saúde, a informação não é verdadeira simplesmente porque pessoas de qualquer idade podem ter casos mais graves após serem infectados por diversos vírus e bactérias.

"O vírus da zika e outros, como varicela, herpes vírus, enterovírus e até dengue, podem causar outros danos neurológicos – encefalites, cerebelites e neurites (inflamações no sistema nervoso) –, mas no cenário atual não está havendo grande aumento desses casos em crianças. Isso acontece talvez em 1% dos casos totais e geralmente em pacientes com baixa imunidade", diz a neuropediatra Maria Durce Carvalho, que acompanha casos de microcefalia e outras infecções no Hospital Oswaldo Cruz, em Recife.

"Não sei de onde vem essa informação de que crianças de até sete anos seriam mais suscetíveis, mas não é bem assim", afirma.

Um dos áudios que circulam no WhatsApp chega a dizer que há crianças "chegando aos hospitais já em coma" em Pernambuco. Mas em nota sobre os boatos, a Secretaria de Saúde do Estado diz que "não está sendo observada, em qualquer idade, mudança no padrão de ocorrência dos casos de encefalite relacionados com o vírus da zika ou qualquer outro vírus".

"As crianças ou adultos podem apresentar diversos sintomas neurológicos, sendo que estas complicações têm ocorrido numa frequência muito baixa", afirma o comunicado.

O Ministério da Saúde, por sua vez, diz que "entre pessoas infectadas pelo vírus da zika, cerca de 80% não desenvolvem sintomas, sejam adultos ou crianças. Dentre essas pessoas, apenas uma pequena parcela pode vir a desenvolver algum tipo de complicação, que deverá ser avaliada pelos médicos, uma vez que o zika é uma doença nova e suas complicações ainda não foram descritas".

Não há confirmação: Há aumento expressivo de casos de síndromes neurológicas associadas à zika

Ao menos seis Estados do Nordeste registraram, em 2015, aumento no número de casos registrados de Síndrome de Guillain-Barré, uma rara doença neurológica autoimune que pode ser provocada por diversos vírus e bactérias, incluindo o zika vírus, a dengue e a chikungunya.

A doença, que tem tratamento, provoca paralisia muscular e, em casos graves, pode atingir os músculos do tórax e impedir a respiração.

Mas essa síndrome passou a ser registrada com mais frequência depois que foi confirmado que o zika vírus poderia causá-la. Normalmente, os serviços de saúde não são obrigados a notificar ocorrências da doença para as secretarias estaduais.

Por causa disso, o Ministério da Saúde diz não ter registros da síndrome no país. Já alguns Estados têm dados sobre a ocorrência da doença em 2015, mas não em anos anteriores. Isso torna mais difícil saber se o aumento dos casos é realmente fora do que ocorreria normalmente após o surto de um vírus como o zika.

"Temos visto um aumento dos casos de Síndrome de Guillain-Barré sim, o que faz sentido já que temos um surto de dengue, zika e chikungunya", diz a médica pernambucana Maria Angela Rocha, chefe do serviço de infectologia do Hospital Oswaldo Cruz, em Recife, e parte do grupo de pesquisa sobre o zika vírus e a microcefalia em Pernambuco.

"Mas não é nada como aumento de casos de microcefalia que tivemos, que é muito fora do padrão."

De acordo com o vice-diretor do Instituto de Microbiologista da UFRJ Davis Fernandes Ferreira, a Polinésia Francesa registrou 20 vezes mais casos de Síndrome de Guillain-Barré após o surto de zika em 2014.

"Nós estamos vivendo possivelmente um dos maiores surtos documentados de zika vírus. Ainda estamos coletando os dados e tentando entender a relação entre ele e a síndrome."

Não há confirmação: Zika pode ser transmitida por fluidos corporais (sêmen, leite materno, etc.)

Alguns trabalhos científicos internacionais identificaram a presença do vírus da zika no sêmen e no leite materno, mas os cientistas ainda pesquisam se a doença realmente pode ser transmitida por eles. Até o momento, a única forma confirmada de transmissão do vírus é pelo mosquito.

"A transmissão sexual seria possível, porque já há publicação e relato de pessoas com quem isso aconteceu. Mas é uma situação única, porque a pessoa tem que estar infectada, doente e ter relação exatamente nessa época. Não seria uma forma principal de infecção, mas é importante se prevenir", diz o microbiólogo Davis Ferreira.

Em 2011, um estudo divulgado na publicação científica Emerging Infectious Diseases registrou o caso de um cientista americano que, ao voltar do Senegal, que passava por um surto de zika, teve os sintomas da infecção em casa. Sua mulher, que não havia saído dos Estados Unidos, foi infectada pelo vírus, o que levou à interpretação de que ela teria sido infectada pelo sêmen do marido.

O vírus também foi encontrado em amostras de leite materno de duas mães na Polinésia Francesa. No entanto, o vírus encontrado não era do tipo replicante, que transmite a doença.

Para Ferreira, é difícil que o vírus no leite cause infecção no bebê, já que o zika não é adaptado para a transmissão por via oral. "Transmitido pelo leite, ele teria que passar pelo estômago do bebê, e o suco gástrico (que ajuda a digerir os alimentos) é muito hostil", diz.

Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, ainda não existem provas suficientes de que o vírus possa ser transmitido pelo leite materno para que se recomende interromper a amamentação. Além da nutrição do bebê, o leite materno é importante para protegê-lo de doenças.

Além disso, os especialistas esclarecem que, ainda que infectado pelo vírus, o bebê recém-nascido não desenvolveria microcefalia, porque seu cérebro já está praticamente formado.

Verdade: Pode haver mais de 2 mil casos de microcefalia até o fim do ano

O Brasil já tem 1.761 casos notificados de microcefalia até o dia 5 de dezembro. O número de notificações tem crescido em cerca de 500 por semana até o momento, mas nem todas são de bebês recém-nascidos. Alguns deles tiveram a suspeita de microcefalia notificada algum tempo depois do nascimento.

Diante deste cenário, segundo o Ministério da Saúde, é razoável supor que até o final do mês de dezembro haja cerca de 2 mil notificações.

No entanto, é preciso lembrar que nem todos os casos notificados são confirmados – às vezes o bebê nasce pequeno como um todo e, em outros casos, pode não ter lesões no cérebro que caracterizam os casos de microcefalia.

Em Pernambuco, onde há 804 notificações, 251 casos foram confirmados e 16 foram descartados até agora, segundo o boletim divulgado na quarta-feira pela Secretaria de Saúde.

Por isso, apesar do número alto de notificações, existe a possibilidade de que o número de casos confirmados seja menor.

Verdade: A melhor proteção contra a zika é combater o mosquito Aedes aegypti

Até o momento, não há vacina contra o zika vírus no mundo. E o processo de desenvolvimento e aprovação de uma pode levar até 10 anos, segundo o Ministério da Saúde.

Além disso, atualmente é difícil até mesmo diagnosticar a doença e diferenciá-la com certeza da dengue e da febre chikungunya.

Portanto, a melhor forma de se prevenir continua sendo evitar o contato com o mosquito Aedes aegypti, que transmite todas elas.

Além de evitar manter água parada em reservatórios sem tampa ou em utensílios domésticos, é essencial usar repelente tanto em adultos quanto em crianças após os seis meses de idade.

Para gestantes e recém-nascidos, recomenda-se também usar roupas longas, que deixem menos partes do corpo expostas.

Algumas mensagens no WhatsApp recomendam o uso de repelentes caseiros, mas, segundo os médicos, não há comprovação de que eles são eficientes.

Nas farmácias, há repelentes à base de substâncias como DEET, EBAAP e Icaridina, em concentrações diferentes. Todos eles podem ser usados por gestantes e por crianças a partir dos 2 anos. Para as crianças, no entanto, é recomendado repelentes menos concentrados.

Os médicos recomendam passar o produto na pele e por cima das roupas, especialmente nos horários que os mosquitos mais atacam, à noite e no início da manhã.

Fonte: BBC Brasil

Microcefalia não tem relação com vacina; veja boatos

Boatos que circulam nas redes sociais e no WhatsApp têm espalhado informações equivocadas sobre o zika vírus e sobre a microcefalia no Brasil. No final de novembro, o Ministério da Saúde confirmou a existência de uma relação entre infecções pelo recém-chegado zika vírus e o aumento de casos de microcefalia no país.

Veja quais são esses boatos e entenda por que essas informações são falsas:

Vacina de rubéola

Um dos boatos mais difundidos na internet sobre microcefalia é o de que a doença estaria sendo causada por um lote vencido de vacina contra rubéola que teria sido aplicado em gestantes no Nordeste.

Em primeiro lugar, a vacina contra rubéola é contraindicada a gestantes. “A vacina de rubéola nunca é usada na gravidez, por isso não tem como ter uma associação como essa”, diz o médico Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

A indicação da vacina contra rubéola – que aparece na forma de tríplice viral (que também protege contra caxumba e sarampo) ou quádrupla viral (que, além dessas doenças, protege contra catapora) – é para crianças, que tomam a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Adolescentes e adultos não-vacinados também devem tomar duas doses.

Em segundo lugar, as vacinas oferecidas pelos serviços públicos de saúde são seguras. “A utilização de vacinas ou medicamentos vencidos é crime. Qualquer serviço de saúde que acondicione produtos vencidos recebe autuações muito graves. Não faz nenhum sentido que órgãos públicos utilizem vacinas vencidas, isso não existe”, esclarece Kfouri.

Por último, mesmo o uso de uma vacina vencida não teria a capacidade de provocar danos neurológicos. “Teoricamente, o que acontece com o passar do tempo, tanto com vacinas malconservadas quanto com vacinas vencidas é que elas perdem a capacidade de desenvolver proteção contra doenças”, diz o especialista.

A difusão do boato fez o Ministério da Saúde divulgar uma nota de esclarecimento sobre o assunto: “O Ministério da Saúde esclarece que todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) são seguras e não há nenhuma evidência de que possam causar microcefalia. As vacinas são fundamentais para proteger o bebê contra doenças graves. Nenhuma das vacinas administradas durante a gestação contém vírus ou outros agentes vivos.”

Danos neurológicos a crianças e idosos

Outro boato, este divulgado principalmente por mensagens de WhatsApp, diz que o zika provoca danos neurológicos em crianças de até 7 anos e em idosos. A informação também é falsa foi desmentida por especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério da Saúde.

“Não existe nenhuma evidência científica que possa correlacionar o vírus zika com o comprometimento nervoso em crianças menores de 7 anos e em idosos”, afirmou o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli.

Mosquitos transgênicos

Há também o boato que afirma que o zika vírus se espalhou no Brasil depois da soltura de mosquitos transgênicos no país, que teriam passado a transmitir zika e chikungunya. Assim como os outros boatos, essa história também não faz sentido.

Mosquitos Aedes aegypti geneticamente modificados ou com bactéria que previne a transmissão de doenças têm sido soltos em vários pontos do Brasil dentro de projetos de pesquisa. Mas, ao contrário de espalhar novas doenças, eles atuam justamente para combater os vírus transmitidos pelos mosquitos.

No caso dos mosquitos transgênicos, eles são modificados geneticamente para morrerem antes da fase adulta, reduzindo a população total de mosquitos na região onde são soltos. Já os mosquitos com a bactéria Wolbachia tornam-se incapazes de transmitir a dengue e outros vírus.

Fonte: G1

Ministério atualiza dados e PI passa a 39 casos investigados de microcefalia

O Ministério da Saúde atualizou, na tarde desta terça-feira (15), o número de casos de microcefalia relacionados ao Zika. De acordo com o novo Boletim Epidemiológico foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos, até 12 de dezembro deste ano. No Piauí, o número de casos investigados aumentou de 38 para 39.

É a primeira vez que o boletim detalha os primeiros casos confirmados e descartados. No Estado, nenhum caso da doença foi confirmado ainda este ano, segundo o Ministério da Saúde. Em todo o país, do total de suspeitos notificados, foram confirmados 134 e descartados 102. Continuam em investigação 2.165 casos. Foi confirmado um óbito e descartados dois. Permanecem em investigação 26 mortes.

A investigação dos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika é feito em conjunto com gestores de Saúde de estados e municípios. O novo informe traz ainda os seis novos Estados (Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul) que notificaram casos suspeitos. Equipes técnicas de investigação de campo do ministério da Saúde estão trabalhando nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Ceará.

A circulação do vírus Zika é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação da circulação do vírus em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. Durante a apresentação dos novos dados de microcefalia, nesta terça-feira, o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Claudio Maierovitch, disse que o Ministério da Saúde está trabalhando no fortalecimento do diagnóstico para o vírus Zika.

Ele explicou que 18 laboratórios já estão capacitados, sendo 13 centrais e cinco de referência.  O teste para a confirmação do vírus Zika deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. Vale ressaltar que o vírus Zika é de difícil detecção, já que cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas. 

Além de destacar o fortalecimento da rede de laboratórios, Claudio Maierovitch, alertou para os cuidados necessários neste verão. “É muito importante, neste período de festas e férias, que as pessoas, antes de viajarem, façam uma varredura geral em suas casas, eliminando todos os possíveis focos do mosquito. Devido às condições climáticas, esse período de verão é um momento de maior circulação do mosquito”, alerta Maierovitch.

O Ministério da Saúde estuda, junto com especialistas e gestores locais de saúde, um novo modelo de notificação. Este novo modelo de avaliação faz parte dos estudos que envolvem o vírus Zika, uma doença nova que chegou ao Brasil em maio deste ano e é desconhecida para a literatura mundial.

O teste para a confirmação do vírus Zika deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas.

DISTRIBUIÇÃO DE CASOS DE MICROCEFALIA RELACIONADOS AO VÍRUS ZIKA

UF

CASOS CONFIRMADOS

ÓBITOS CONFIRMADOS

CASOS DESCARTADOS

ÓBITOS DESCARTADOS

TOTAL EM INVESTIGAÇÃO

Pernambuco

29

0

17

0

874

Paraíba

19

0

30

0

322

Bahia

0

0

0

0

316

Rio Grande do Norte

35

0

4

0

101

Sergipe

51

0

34

0

33

Alagoas

0

0

0

0

107

Ceará

0

1

0

0

79

Mato Grosso

0

0

0

0

72

Maranhão

0

0

7

0

56

Rio de Janeiro

0

0

0

2

57

Tocantins

0

0

7

0

43

Piauí

0

0

0

0

39

Minas Gerais

0

0

2

0

33

Espírito Santo

0

0

0

0

14

São Paulo

0

0

0

0

06

Goiás

0

0

1

0

04

Mato Grosso do Sul

0

0

0

0

03

Pará

0

0

0

0

03

Distrito Federal

0

0

0

0

02

Rio Grande do Sul

0

0

0

0

01

Total

134

01

102

02

2.165

PROTOCOLO – Além do protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika, o Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (14), o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. O documento orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia, em todo o País. O planejamento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê.

O principal objetivo do Protocolo é orientar as ações para a atenção às mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas, submetidas ao vírus Zika, e aos nascidos com microcefalia. Este plano recomenda, ainda, as diretrizes para o planejamento reprodutivo, a detecção e notificação de quadros sugestivos de microcefalia e a reabilitação das crianças acometidas pela malformação congênita.

O documenta reforça o papel das equipes de saúde na oferta de métodos contraceptivos e na orientação de mulheres em idade fértil e casais que desejam engravidar, especialmente sobre os cuidados necessários para evitar infecção pelo vírus Zika durante a gravidez. As equipes também terão de intensificar a busca ativa de gestantes para o início oportuno do pré-natal e acompanhar o desenvolvimento dos nascidos com microcefalia.

Outro destaque do protocolo é a ampliação do acesso aos testes rápidos de gravidez. O Ministério da Saúde estima que serão investidos entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões para que os testes estejam disponíveis em todas as unidades da Atenção Básica do País.

PLANO NACIONAL – No dia 5 de dezembro, foi lançado o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia.  Trata-se de uma grande mobilização nacional envolvendo diferentes ministérios e órgãos do governo federal, em parceria com estados e municípios, para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. O Plano é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades.

O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais serão colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito.

Com informações do MS
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Cidade controla Aedes aegypti com piaba

Há quase quatro anos, a população da cidade de Itapetim, no sertão pernambucano, está sem água nas torneiras. São abundantes as caixas d’água espalhadas pelas ruas e dentro das casas, à espera de receber água para as atividades básicas.


O município sofre com a falta de água há quatro anos

O cenário — clima quente e bastante água parada — é propício para a reprodução do mosquito Aedes aegypti . Em abril desse ano, Itapetim (a cerca de 400 km de Recife) chegou a ter o índice de infestação pelo mosquito (LIRAa) mais alto do Estado de Pernambuco — 13%, ou seja, 13 imóveis com focos em cada 100.

O índice é considerado satisfatório quando é menor do que 1%. Com focos de reprodução do mosquito em mais do que 3,9% dos imóveis, o Ministério da Saúde considera que o município está em risco para dengue.

O corte dos repasses estaduais e federais para o combate ao mosquito, segundo as autoridades locais, fez com que a cidade apelasse para um "exército natural" contra o mosquito que transmite a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus — as piabas, peixinhos de água doce que medem entre 4 e 5 centímetros.

"Entramos na internet e vimos um estudo feito no Rio Grande Norte. Um colega nosso que já tinha trabalhado em outra cidade com esse método da piaba disse que lá eles conseguiram controlar os mosquitos. Eu o contatei e ele veio nos ajudar a fazer o mesmo", disse à BBC Brasil Edinaldo Hollanda, agente de saúde da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e coordenador de Combate às Endemias no município.

"Começamos a colocar as piabas no mês de abril e fizemos o trabalho até julho. Em setembro, notamos que o índice do nosso município tinha baixado muito, para 1,2%. Agora, estamos em 2,4%, menos do que no mesmo período no ano passado. O pessoal da regional (10ª gerência regional de saúde, que dá apoio a 12 municípios na área) quase não acreditava. Deu tanto resultado que até hoje continuamos colocando peixes nas casas."


Os peixes são utilizados nos reservatórios para conter as larvas do mosquito

Segundo Hollanda, os peixes são colocados em reservatórios fechados e abertos: tonéis, caixas d’água e principalmente cisternas, já que o Aedes aegypti prefere lugares escuros e com água parada para se reproduzir.

"Ele solta seus ovos nas paredes do depósito e quando você volta a colocar água, os ovos eclodem. A piaba se alimenta dos ovos e impede que virem novos mosquitos."

Em busca do peixe

A técnica vinha sendo estudada em universidades de Estados nordestinos e aplicada pontualmente em cidades pequenas desde o início dos anos 2000, com diferentes graus de sucesso. Mesmo assim, não substitui o uso do larvicida (produto químico que mata as larvas do mosquito na água) e é vista com ressalvas pelo Ministério da Saúde, que diz haver risco de diarreia caso os peixes sejam colocados na água para beber.

"Colocamos apenas uma piaba em cada reservatório de até 200 litros. Em cisternas maiores, de três a cinco mil litros, colocamos cerca de cinco. Monitoramos as casas para saber se havia ocorrências de diarreia e não tivemos nenhum caso", afirma Hollanda.

O cloro na água que chega com os caminhões-pipa fornecidos pelo Estado foi um dos primeiros obstáculos ao projeto, já que matava imediatamente os peixes que já estavam nos reservatórios. Inicialmente, era preciso substitui-los semanalmente.

Agora, a prefeitura pede que os moradores retirem os peixes antes de encher seus reservatórios e esperem até cinco horas para colocá-los novamente. É o tempo em que os níveis de cloro da água caem o suficiente para não prejudicá-los, segundo o coordenador.

Todos os dias, os nove agentes de endemias do município saem da secretaria de saúde com cerca de 20 "kits de piabas", com cinco peixinhos cada, para visitar residências na cidade.

"Em cada casa que chegamos, usamos uma piaba ou duas, a depender do tamanho do reservatório. Então às vezes você usa até dois kits em uma residência. A gente usa em torno de 2 mil a 2.500 piabas por semana", diz Hollanda.

O problema agora é conseguir os peixes para continuar o trabalho, diante de um novo surto de dengue que já começa a se manifestar na região.

"O peixe não é vendido aqui, então começamos a procurá-lo nos açudes que ainda tinham água. Estávamos capturando as piabas em Teixeira, na Paraíba, que fica a 30 km daqui. Mas eles acabaram, porque o açude está secando. Fizemos um criadouro aqui, mas também já acabou o estoque."

"Agora vamos comprar em outra cidade na Paraíba, a cerca de 200 km de Itapetim. Para não interromper o projeto, vamos comprar onde tiver."

Em entrevista à BBC Brasil, o secretário de Saúde de Pernambuco, Iran Costa, disse estar interessado no sucesso de Itapetim com as piabas e que um grupo de estudo está pesquisando a possibilidade de realizar a mesma técnica em outras cidades do Estado.

"Existem estudos que mostram que algumas dessas técnicas são efetivas em locais pontuais, mas não sabemos se funcionam em escala", afirmou.

Insuficiente

Para o biólogo da Unicamp Carlos Fernando Salgueirosa, especialista em dengue e em controle de insetos de importância médica, as técnicas de controle biológico, como a dos peixes, não são eficientes se o objetivo é erradicar o mosquito – que é o objetivo determinado pelo Ministério da Saúde.


O peixe tem mostrado resultados satisfatórios no combate ao mosquito

"O controle biológico não serve para vetores, para um mosquito que transmite uma doença que causa microcefalia. Você precisa ser mais sério, mais rígido e eliminar as populações em bairros", diz.

"Esse tipo de controle só serve para reduzir a população de um 'inimigo' para um valor aceitável. Mas um índice de infestação baixo de Aedes aegypti ainda mantém a transmissão de doenças. Onde está o sucesso do método?"

Outros predadores naturais do mosquito – como lagartixas, aranhas e libélulas – também costumam ser citados em reportagens e blogs como aliados no combate ao mosquito, mas, segundo Salgueirosa, aumentar a presença deles nas casas não tem nenhum efeito prático.

No caso dos peixes que se alimentam das larvas, estudos mostram que seu efeito é pontual e em grupos muito pequenos, diz o especialista.

"O ser humano é o principal agente de controle biológico. A coisa funciona quando é baseada na comunidade. Não dá para pensar nisso (na técnica dos peixes) nem para uma cidade de cinco mil pessoas", afirma.

"Tampar os reservatórios com tampa rígida ou touca de tela. Esse é o principal enfoque que se pode dar para o combate ao mosquito. Dessa forma, não haverá larvas."

De Itapetim, Edinaldo Hollanda rebate as críticas: "Sabemos que tampar os reservatórios é o ideal, mas sabemos que as pessoas não fazem essa parte".

"Tem casas aqui com 50 baldes de água. Pedimos que as pessoas coloquem plástico ou um pano por cima, mas chegamos lá uma semana depois e está tudo destampado. No ano passado, conseguimos telas da Funasa e as colocamos em todas as caixas d’água na cidade. Mas o pessoal do caminhão-pipa, que vem colocar água, rasgava as telas. O trabalho foi perdido."

"Nós usamos o larvicida, que combate, e fazemos campanhas educativas. Mas usando o peixe, que é uma ferramenta a mais, não vamos combater mais? Não vemos mosquitos nas casas aqui, e éramos cheios de Aedes . Diminuiu muito o número de focos", afirma.

Mobilização

Segundo Jussara Araújo, secretária municipal de Saúde, o projeto não foi divulgado pela cidade no início "porque se tivéssemos um surto de diarreia ou coisa assim, o município poderia ser penalizado".

As autoridades decidiram apostar as fichas no projeto e afirmam que ele foi o responsável pelo controle do surto, mas não antes que cerca de 500 pessoas fossem atingidas. Dos casos notificados, apenas 175 foram confirmados como dengue. Não houve resultados relativos à zika e à chikungunya.

Desde novembro, a cidade de 13.900 habitantes já têm 11 notificações de microcefalia — má-formação em bebês que pode ser causada por infecções contraídas ainda na barriga da mãe —, que está sendo associada ao zika vírus. E mais podem aparecer.

"Ainda temos muitas mães que não deram à luz, mas tiveram manchas vermelhas na pele (um dos sintomas característicos do zika) quando estavam grávidas", afirma.

Agora, o município se prepara para enfrentar uma nova infestação do Aedes aegypti , que volta a atividade no período de chuvas do início do ano, com o acúmulo de água em calhas, muros e utensílios domésticos, além dos próprios reservatórios dos moradores.

Por causa da crise econômica, a administração decidiu reduzir o salário do prefeito em 30%, o do vice-prefeito em 20% e os dos secretários em 15%.

Parte do dinheiro economizado está sendo usada nas campanhas de mobilização pelo combate ao mosquito, na compra das piabas e na contratação dos agentes de combate às endemias da cidade — de acordo com a portaria de julho do Ministério da Saúde, Itapetim tem direito a apenas três campanhas com recursos do governo federal. Atualmente, o município tem nove campanhas pagas integralmente pela prefeitura e pretende contratar mais nos primeiros meses de 2016.

"Além dos salários dos agentes, tem as despesas com fardamento e material de trabalho. Não estamos recebendo material, ficamos sem o larvicida por três meses e só na semana passada voltamos a receber. Se não fossem os peixes, como é que íamos trabalhar?", diz a secretária de Saúde.

Fonte: BBC Brasil

Aedes "do bem" pode combater dengue e zika

O mosquito Aedes aegypti tem sido visto como o grande vilão da temporada. Se ele já era temido por transmitir a dengue, recentemente passou a ser o culpado pela disseminação de outros dois vírus no Brasil: chikungunya, transmitido pela primeira vez no país em setembro de 2014, e zika, identificado no país em abril.

Mas mosquitos Aedes modificados podem desempenhar um papel positivo na saúde pública, ajudando a combater em larga escala essas doenças no futuro. Atualmente, eles já são usados em bairros localizados em vários pontos do Brasil, mas sempre dentro de projetos de pesquisa. Conheça os Aedes aegypti “do bem”:

Aedes aegypti geneticamente modificados

Mosquitos geneticamente modificados, ou transgênicos, produzidos pela empresa britânica Oxitec já foram liberados no Brasil em dois bairros da cidade de Juazeiro – Ituberaba e Mandacaru – e em um bairro da cidade de Jacobina, ambas na Bahia. Nessas áreas, o projeto foi liderado pela Universidade de São Paulo e pela organização Moscamed, com apoio da Oxitec. Em março, o mosquito também passou a ser liberado em Piracicaba.

“Em todas as regiões, temos alcançado uma supressão do mosquito selvagem acima de 90%”, afirma Glen Slade, diretor de desenvolvimento de negócios da Oxitec.

Como funciona?

A tecnologia funciona da seguinte maneira: no laboratório, ovos dos Aedes aegypti recebem uma microinjeção de DNA com dois genes, um para produzir uma proteína que impede seus descendentes de chegarem à fase adulta na natureza, chamado de tTA, e outro para identificá-los sob uma luz específica.

Só os machos são liberados na natureza. Eles procriam com as fêmeas selvagens –responsáveis pela incubação e transmissão dos vírus da dengue, chikungunya e zika. Elas vão gerar descendentes que morrem antes de chegarem à vida adulta, reduzindo a população total.

Os machos liberados na natureza só conseguem sobreviver até a vida adulta e procriar porque recebem, dentro do laboratório, um antibiótico chamado tetraciclina. Como essa substância não existe na natureza, seus descendentes morrerão.

Pronto para uso em larga escala?

“Estamos preparados e ansiosos para ir em frente cada vez mais rápido. O que estamos fazendo hoje pode ser feito em qualquer escala e de forma cada vez mais eficiente”, diz Slade. "Num país do tamanho do Brasil, não vamos eliminar, mas talvez em cidades isoladas poderá haver uma redução tão grande que será quase uma eliminação."

Até o momento, os mosquitos transgênicos não têm registro na Anvisa, apenas aprovações para uso em projetos de pesquisa. Para Slade, porém, isso não impede que a estratégia seja usada de forma cada vez mais ampla. “A Anvisa está analisando nossa situação. Trata-se do primeiro mosquito geneticamente modificado, o que levanta perguntas novas, é uma situação nova. Não vejo um grande obstáculo em nossa situação atual em termos de darmos os próximos passos. Próximos projetos com caráter de pesquisa podem ser cada vez maiores”

Em nota, a Anvisa afirma que está analisando o material apresentado pela empresa em caráter prioritário, inclusive com consultas a outras agências reguladoras internacionais que estão tratando de questões semelhantes. “A análise envolve, inicialmente, a decisão sobre se um ‘mosquito transgênico’ é efetivamente um produto a ser regulamentado pela Anvisa”, afirmou a agência em nota ao G1.

Mosquito com bactéria wolbachia

Pesquisadores da  Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também estão trabalhando no uso de “mosquitos do bem” para combater a transmissão de doenças pelo Aedes aegypti. A estratégia não envolve modificação genética, mas o uso da bactéria Wolbachia, que impede os mosquitos de transmitir o vírus da dengue. Assim como o projeto da Oxitec, o da Fiocruz – chamado “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil” – também tem caráter de estudo científico.

Nesta etapa do estudo, participam os bairros de Tubiacanga, na Ilha do Governador, na cidade do Rio, e de Jurujuba, em Niterói, segundo o pesquisador Luciano Moreira, coordenador do projeto. Há liberação do mosquito adulto e também liberação de ovos.

O que está sendo avaliado atualmente é a capacidade de os mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia se estabelecerem em situações reais. “Isso quer dizer que pretendemos observar a capacidade de os mosquitos com Wolbachia serem liberados naquele bairro, encontrar parceiros para reprodução (que já existiam no bairro) e gerar filhotes que já nascem com a Wolbachia, já que o método é baseado na autossustentabilidade decorrente da característica de transmissão vertical da bactéria (da mãe para os filhotes)”, diz Moreira.

Segundo ele, a longo prazo, o programa tem potencial de fornecer uma alternativa complementar de controle da dengue. Porém, a pesquisa ainda está na etapa inicial.

Se inicialmente o projeto era focado na eliminação da dengue, estudos feitos em laboratório comprovaram que a bactéria Wolbachia é capaz de reduzir a transmissão do vírus da febre amarela, do chikungunya e também atua sobre o vírus zika.

O objetivo é substituir toda a população de mosquitos da região para reduzir os casos de infecção pelos vírus. A bactéria Wolbachia não traz nenhum risco às pessoas, segundo os pesquisadores. Moreira explica que as pessoas já estão expostas a ela no dia a dia: 70% dos pernilongos, por exemplo, têm essa bactéria no organismo.

Fonte: G1

Focos de mosquito Aedes aegypti na sede do MP3 é tema de audiência pública

O coordenador do Movimento Paz Pela Periferia (MP3), Francisco Junior, em entrevista ao programa Notícia da Manhã desta terça-feira (15), informou que a sede do MP3, localizada na Zona Sul de Teresina, possui muitos focos de criadores do mosquito Aedes Aegypti. A gravidade da situação será discutida em audiência pública, na manhã de hoje, no Ministério Público. 

foto: reprodução TV Cidade Verde

De acordo com o coordenador, mais de 20 toneladas de material está no galpão do projeto para serem processados e usados na fabricação de novos produtos. 

“O risco com os criadores de mosquito é verdade, mas precisamos não somente da punição, e sim de ajuda para processar todo esse material, principalmente dos tubos para retirada de todo o mercúrio. A Prefeitura está certa em fiscalizar, mas ela não tem ajudado no reaproveitamento do lixo eletrônico. Eu precisei demitir algumas pessoas para fazer um galpão porque não tínhamos recursos”, comentou o coordenador. 

Na oportunidade, Júnior pontuou duas soluções: 1) a Prefeitura de Teresina recolher todo o material e fazer a destinação correta dos produtos ou 2) disponibilizar dois galpões para que o MP3 tenha condições de realizar o processamento de todo o material para ser reaproveitado. 

“A cidade é de todos nós, e estamos protegendo a sociedade de todo esse lixo eletrônico que, na maioria das vezes, segue para o lixão sem processar o mercúrio e o chumbo, que vão direto para os lençóis freáticos”, acrescentou Júnior. 

O MP3 desenvolve trabalhos sociais com jovens em situação de risco oferecendo diversos cursos e atividades culturais; dentre eles: montagem e manutenção de computadores, computação básica e eletrînica de reparos. 

Carlienne Carpaso (especial para o cidadeverde.com)

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No Piauí, 70% das cidades não têm dados sobre focos do mosquito Aedes aegypti

A governadora em exercício, Margarete Coelho (PP), informou que 70% dos municípios piauienses não têm informações sobre focos do mosquito Aedes aegypti. O vetor é o principal causador da dengue, chikungunya e zika, e está ligada à epidemia de microcefalia no País.

“Aqui no Piauí existe uma situação preocupante. É que 70% dos municípios não têm qualquer notificação, um silêncio total. Nós não conhecemos os números e naquelas cidades que conhecemos já temos situação que nos preocupa”, disse Margarete Coelho.

Segundo ela, não é classificado nem como “sub notificações”, são cidades que não existem nenhum quadro da situação, o que a governadora denominou de “silêncio absoluto” sobre o mosquito Aedes aegypti.

No Piauí, o Ministério da Saúde confirmou 38 casos de microcefalia e um caso suspeito de morte.

Segundo a governadora a situação é de “extrema gravidade”. Ela informou que o governo juntamente com o Ministério da Saúde está adotando medidas emergenciais para conter a doença no Estado.

Entre as ações está uma orientação direta para a população que usa cisternas, além de distribuição de vasilhames, tampas adequadas, capas para quem tem depósitos de água.

“Foi garantindo também a distribuição de repelentes em massa, bem como acompanhar as famílias que estejam com suspeita ou confirmação da microcefalia. Estamos tendo um aparato enorme de combate ao mosquito”, garantiu a governadora em exercício.

Alerta aos municípios

O governo informou nesta segunda-feira (14) que agentes de endemias e de vigilância ambiental da Secretaria de Estado da Saúde iniciaram hoje as visitas aos municípios do interior para pactuar com as autoridades municipais, prefeitos e secretários municipais de saúde, a união de forças para o combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue, chikungunya e zika.

As equipes percorrerão os 13 municípios que registraram maiores índices de infestação do mosquito, seguindo, simultaneamente, três rotas determinados no Plano de Contingência elaborado pela Secretaria.

Na rota um, serão visitados os municípios de Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Matias Olímpio, São Miguel do Tapuio e Sigefredo Pacheco. Na dois, Alegrete do Piauí, Francisco Santos, Jaicós, Monsenhor Hipólito e Pio IX. Já na rota três, as equipes irão aos municípios de Avelino Lopes, Bonfim do Piauí, Uruçui.

Dados Epidemiológicos

Para o avanço na execução do plano, a Saúde notificou os 157 municípios que ainda não haviam enviado os dados epidemiológicos e conseguiu reduzir para 50 os municípios que ainda não enviaram as informações.

 

Flash Yala Sena
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Você sabe como usar o repelente de mosquitos corretamente? Confira aqui

O Brasil está em alerta com a epidemia de três doenças diferentes: dengue, zika e chikungunya. Mas você sabe como se prevenir? A Sociedade Brasileira de Dermatologia dá as dicas de como evitar o problema com o uso do repelente:

Um grande número de casos de dengue vem sendo registrados no país, principalmente no Estado de São Paulo. A fim de proteger seus filhos da doença, pais estão fazendo uso indiscriminado de repelentes em crianças. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta que é preciso tomar alguns cuidado e ter conhecimento sobre os produtos disponíveis, sua eficácia e segurança de acordo com a idade da criança.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda a utilização de repelentes em crianças de acordo com a fórmula do produto, que podem ser sintéticos ou naturais. Ao escolher o produto indicado para as crianças, é importante consultar um médico dermatologista.

Os princípios ativos dos repelentes recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) são:

Icaridina (KB3023): uso permitido no Brasil em crianças a partir de 2 anos de idade em concentração de 25% cujo período de proteção chega a 8 a 10 horas.
DEET: Em concentração de até 10% pode ser utilizado em maiores de 2 anos, sendo que não deve ser aplicado mais que 3 vezes ao dia em crianças de 2 a 12 anos.
IR 3535 30%: permitido pela Anvisa para crianças acima de 6 meses. Seu período de proteção conferido é de 4h.
Existem ainda os repelentes naturais, no entanto, como são altamente voláteis e seu efeito costuma ser de curta duração, não garantem proteção adequada ao Aedes aegypti, devendo ser evitados.

Bebês com até 6 meses só devem usar mosquiteiros e roupas protetoras. Não é recomendada  nenhuma substância química na pele ou repelentes elétricos que contenham produtos químicos no ambiente onde se encontram. É recomendado instalar telas nas janelas e portas e deixar o ambiente refrigerado já que os mosquitos gostam de calor e umidade.

Em geral, o uso de repelentes deve ser evitado nas crianças menores de 2 anos. Dos 6 meses aos 2 anos devem ser utilizados apenas em situações especiais, com orientação e acompanhamento médico.

Veja algumas dicas ao aplicar os repelentes:

-  Procure vestir roupas brancas nas crianças, pois roupas coloridas atraem os insetos, assim como perfumes.

-  Os dispositivos ultrassônicos e os elétricos luminosos com luz azul são ineficazes.

-  Não deve-se utilizar produtos combinados com filtros solares, pois eles costumam ser reaplicados com uma frequência maior e os repelentes não devem ser aplicados mais do que três vezes ao dia em crianças.

-  O suor atrai os insetos.

-  Não durma com repelente no corpo, lave-se antes.

-  Leia todo o rótulo antes de aplicar o produto e conserve-o para consulta.

-  Mantenha os repelentes fora do alcance de crianças e não permita sua autoaplicação.

-  Evite o uso próximo a mucosas (boca, nariz, olhos, genitais) ou em pele irritada ou ferida. Para uso na face, primeiro aplique o produto nas mãos e então espalhe no rosto com cuidado.

-  Evite aplicação nas mãos das crianças e por baixo das roupas. Sempre lave as mãos após aplicar o produto.

-  Use quantidade suficiente para recobrir a pele exposta e evite reaplicações frequentes.

-  Se suspeitar de qualquer reação adversa ou intoxicação, lave a área exposta e entre em contato com o serviço de intoxicação. Se necessário, procure serviço médico e leve consigo a embalagem do repelente.

Devem-se procurar produtos aprovados pelo Ministério da Saúde e/ou Anvisa, pois garantem que o produto seja eficaz e seguro.

O mais importante no combate ao mosquito da dengue é evitar que ele prolifere, não deixando acumular água, principalmente em pneus, no lixo, nos copos plásticos, tampas de garrafas, latinhas, como também deixando que o agente de saúde aplique o pó nos ralos e locais onde se acumula água. É importante manter o quintal da casa e as calhas limpas, sem água empoçada. Recolher o lixo e fechá-lo no saco plástico e não jogar lixo no chão são medidas simples e práticas para salvar vidas.


Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

Limpeza de bueiros e galerias é intensificada na zona Leste

Cedo ou tarde os teresinenses contam com a chegada do período chuvoso. Por isso a Prefeitura de Teresina tem realizado ações preventivas para evitar o alagamento das ruas em decorrência do acúmulo de lixo em regiões da zona Leste. A ação, que compreende a limpeza de galerias, bocas de lobo e desentupimento dos bueiros, conta com cerca de oito homens que fazem a limpeza por bairro.

A primeira região contemplada foi o bairro Recanto das Palmeiras, mas a ação já se estendeu também aos bairros Madre Teresa e Satélite. “Iniciamos os serviços no Recanto das Palmeiras, onde executamos a limpeza e coleta do lixo nos pontos de passagem de água, mas vamos contemplar todos os bairros da zona Leste, sem exceção”, garante o gerente de serviços urbanos da SDU Leste, Marcos Almeida.
 
De acordo com relatório anual das atividades da SDU, a limpeza de galerias e conservação dos bueiros faz parte da programação da Prefeitura, de forma periódica, e os serviços visam garantir o perfeito escoamento das águas pluviais e impedir que o material sólido retido durante as chuvas cause maiores transtornos. “Só na zona Leste existem 73 galerias e bueiros que funcionam como facilitadores da passagem de água nessa região. Anualmente é realizada a remoção desses resíduos, que acumulam, em média, cinco mil toneladas”, disse.
 
Segundo Marcos Almeida a colaboração da população é fundamental. “Solicitamos também o apoio da população no sentido de fazer o acondicionamento do lixo da maneira correta e em evitar despejar materiais em praças e no meio de ruas e avenidas”, explicou.

 

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