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Piauí reduz casos de dengue em 31%, e Sesapi se reunirá com prefeitos eleitos

O Estado do Piauí reduziu em 31% os casos de dengue de 2015 para 2016, segundo boletim epidemiológico divulgado hoje (9) pela Secretaria de Estado da Saúde. Em 2016 foram 5.111 casos de dengue até agora e, no mesmo período de 2015, foram notificados 7.472 casos. Os dados são referentes a 154 municípios.

De acordo com Herlon Guimarães, diretor de vigilância em epidemiologia, apesar da redução, o momento não é de comemoração e sim de continuar os cuidados. 

"A gente poderia estar comemorando, mas seria bom mesmo não ter nenhum caso. Continuamos em vigilência e pedimos à população que continue combatendo os criadouros do mosquito [Aedes aegypti]", declarou.

Ele destacou ainda que a Sesapi se reunirá com os prefeitos eleitos que assumirão em 2017, para que as políticas públicas de prevenção sejam mantidas. 

"Vamos trazer os novos gestoress para discutir a questão, porque o saneamento básico é de suma importência no combate", explicou.

Zika e Chikungunya

Apesar de mantém a redução dos casos, foi notificado um óbito por dengue, no município de Teresina. Em relação à febre Chikungunya, foram 2.184 casos notificados, em 71 municípios, sendo 1.308 confirmados. Também foi registrado um óbito por Chikungunya. Já os casos de zika, foram 228 casos, em 30 municípios.

Os dados de microcefalia totalizaram 191, sendo que 83 foram descartados e dois estavam relacionados ao zika vírus. Foram notificados 14 óbitos relacionados à microcefalia, sendo que oito foram confirmados e seis descartados.

 

Maria Romero com informações de Marcelo Fontenele
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Mayaro: mais um vírus transmitido pelo Aedes aegypti que pode se espalhar

Os microrganismos também lutam pela sobrevivência de suas respectivas espécies. Procuram se adaptar das maneiras mais incríveis possíveis para não desaparecer. É o que está acontecendo atualmente com um vírus chamado Mayaro. Não é um vírus novo. Foi identificado pela primeira vez em 1954 e existe em regiões silvestres aos redores da  região Amazônica.

Nas últimas semanas, pesquisadores da Flórida o identificaram no Haiti, em um menino de 8 anos, com febre e dores abdominais. Concluiu-se, portanto, que este vírus pode estar se espalhando pelo continente.
 
O grande problema é que este vírus  possivelmente tenha se adaptado. Antes era transmitido apenas por mosquitos vetores silvestres e agora aparentemente pode ser transmitido por mosquitos vetores urbanos que já estão espalhados pelo mundo: Aedes aegypti principalmente, e o Aedes albopictus. Se isso se confirmar, há muitas razões para nos preocuparmos, uma vez que o Aedes está fortemente presente em todo o território nacional. Este vírus provoca  uma doença semelhante à chikungunya. Chama-se Febre do Mayaro. 
 
Quais os sintomas da Febre do Mayaro?

Os sintomas  são muito parecidos com os da dengue e/ou chiKungunya. Começa com uma febre inespecífica e cansaço, sem outros sinais aparentes. Logo após podem surgir manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de dor de cabeça e dores  nas articulações. Os olhos podem também ficar doendo e em alguns casos reporta-se intolerância à luz. São sintomas muito parecidos e por isso a febre do Mayaro pode ser facilmente confundida com dengue ou com chikungunya. No entanto, no Mayaro as dores e o inchaço das articulações podem ser mais limitantes e durar meses para passar. 
 
Como saber se é dengue, zika, Mayaro ou chikungunya?
Pelo quadro clínico pode ser difícil diferenciar. Só os exames laboratoriais específicos é que podem apontar o diagnóstico correto. No menino de 8 anos do Haiti suspeitou-se inicialmente de dengue ou chikungunya. Mas os testes vieram negativos e o de Mayaro confirmou ser positivo.
 
Há vacina ou tratamento específico para a febre do Mayaro?
Não. Até o momento não há nem vacina nem tratamento específico. O tratamento é dirigido ao alívio dos sintomas. A evolução em geral é bastante favorável.
 
Já foram confirmados casos de febre do Mayaro no Brasil?
Sim. Entre dezembro de 2014 e junho de 2015 foram confirmados 197 casos  de febre do Mayaro nas regiões Norte e Centro-Oeste, com destaque para os estados de Goiás, Pará e Tocantins. Todas estas pessoas moravam ou estiveram em área rural, silvestre ou de mata por atividades de trabalho ou lazer. O Estado de Goiás registrou 66 casos até fevereiro de 2016 e o Datasus não possui mais dados atualizados deste ano. Importante salientar que no Brasil a transmissão desta doença limitou-se a regiões de mata. Não há relatos, até o momento, de transmissão urbana.
 
Qual é a melhor forma de se proteger da febre do Mayaro?
Claro que as medidas que todos conhecemos para evitar a proliferação dos mosquitos são fundamentais e importantíssimas. Mas em um país continental e tropical, com chuvas e calor, essa tarefa é praticamente impossível. Por isso evitar as picadas são uma forma eficiente para garantir proteção. Isso pode ser feito com telas nas janelas, mosquiteiros nas camas,  principalmente nos berços do bebês pequenos e repelentes de mosquitos transmissores. Vale reforçar  que os repelentes indicados pela Organização Mundial de Saúde são a Icaridina, o DEET e o IR 3535.
 
Para lembrar: o Aedes vive só 45 dias, voa no máximo em um raio de 300 metros de onde nasceu e, para transmitir uma doença,  tem que picar primeiro uma pessoa contaminada para depois picar uma susceptível. Parece impossível “pegar” uma destas doenças, em se tratando de um mosquito de 0,5cm de comprimento e aparentemente “frágil”. Mas a realidade está aí para provar o contrário.  Podemos mata-lo com a palma de nossas mãos. Mas ele certamente também nos pode matar com uma picada imperceptível. Por isso, protejam-se!

Crédito da foto: Reuters/Jaime Saldarriaga
Fonte: Bem Estar 

Campanha nacional de mobilização contra o Aedes começa neste mês

O governo federal retoma no dia 20 deste mês as mobilizações para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika. O objetivo é conscientizar a população para a importância da eliminação do inseto transmissor das doenças, um ano após a epidemia que surpreendeu o Brasil ao relacionar o vírus Zika em grávidas a bebês nascidos com microcefalia.

Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

 

Com a esperança de que o auge das transmissões de zika tenha ocorrido em 2015, o governo estima que neste ano o número de casos seja menor. A confirmação da expectativa, segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, vai depender da participação da sociedade na eliminação dos focos do mosquito e em um trabalho articulado entre o governo federal, os estados e municípios.

No próximo dia 20, tem início uma campanha de divulgação em rádio e TV para sensibilizar os brasileiros a participarem do combate ao inseto.

As escolas de todo o país serão envolvidas nas atividades e, no próximo dia 25, será realizado o Dia Nacional de Combate ao Mosquito. Depois dessa data, a intenção é que todas as sextas-feiras se tornem dias de mobilização.

O ministro da Saúde informou que o Ministério da Educação vai orientar as instituições de ensino para que reservem os últimos 10 minutos das aulas de sexta a conscientizarem as crianças sobre a eliminação do mosquito. Durante as férias escolares, a meta é que os imóveis sejam vasculhados uma vez a cada semana em busca das larvas do Aedes.

“Já são R$ 80 milhões em larvicidas e equipamentos de pulverização para todo o território nacional. A gente tem que lembrar que o mosquito é pequeno, mas as consequências podem ser muito grandes”, alertou Ricardo Barros.

De acordo com o ministro, 160 mil pessoas já estão treinadas para o combate ao inseto e a intenção é que 500 mil pessoas atuem no combate aos focos do Aedes. Barros se reuniu com outros ministros  nesta quinta-feira (3) para discutir o assunto. Um novo encontro será realizado na semana que vem para promover uma força tarefa contra o mosquito.

A mobilização nacional contará com o apoio das Forças Armadas. 

Fonte: Agência Brasil

No dia de prevenção à microcefalia, Sesapi comemora redução de casos

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O secretário estadual da Saúde, Francisco Costa, informou que o Piauí está fora da situação emergencial dos números de caso de microcefalia. O gestor comemora o dado no Dia Estadual de Prevenção e Combate à Microcefalia, já que os casos diminuíram ao longo deste ano. 

De 2007 a setembro de 2015, o Piauí havia registrado apenas 14 casos da doença, mas de outubro de 2015 ao mesmo mês deste ano, o Piauí notificou 190 casos de microcefalia e a maior quantidade no primeiro semestre de 2016. Desse total, 182 casos foram investigados e classificados sendo 99 foram confirmados para Microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso sugestivo de infecção congênita, 83 descartados e oito permanecem em investigação.

“Nós não estamos mais em situação emergencial, como estivemos no começo do ano. Nós temos notificados 190 casos e estamos cada vez mais combatendo essa doença através das ações de mobilização de combate ao mosquito. Nós tivemos melhorias nos indicadores com redução, por exemplo, de 31% nos casos de dengue quando comparados a 2015”, declarou.

Na manhã desta terça(18), o secretário participou de solenidade pelo dia estadual de Prevenção e Combate à Microcefalia, na Secretaria da Saúde do Piauí, com a participação da vice-governadora Margarete Coelho e da propositora do dia, a deputada estadual Flora Izabel (PT). 

A vice-governadora ressaltou que a sociedade precisa unir forças junto ao poder público para combater o mosquito. "O evento de hoje é importantíssimo, pois nós estamos cuidando de uma próxima geração e não podemos ter uma geração comprometida por causa de um simples mosquito, e que nós podemos combater. Eu parabenizo tanto o secretário de saúde, por seus esforços, e a deputada pela criação da data, pois esse dia de luta marcado no nosso calendário reforça esse combate", comentou Margarete.

Também estiveram presentes na solenidade os pais da pequena Ester Vitoria, de 11 meses, que foi diagnostica com microcefalia. A mãe de Ester, a dona de casa Mara Alves, disse ao Cidadeverde.com que teve Zika durante a gravidez. "É importante está atenção porque nossos filhos precisam de acompanhamento específico, eu sei disso, e por isso estou aqui. Eu e muitas famílias precisamos de mais assistência por causa dessa doença", disse.

Durante a solenidade, foram entregues quatro veículos equipados com bombas fumacê e 28 bombas costais motorizadas. Com estes equipamentos, devem ser intensificada as ações de combate e prevenção ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya e sensibiliza gestores municipais e técnicos sobre o combate ao mosquito.

Os quatro veículos com fumacê foram adquiridos com recursos do Estado, no valor total de R$ 299.970,00 e serão entregues às regionais. As bombas fumacês costais foram disponibilizadas pelo Ministério da Saúde e serão entregues às regionais e à Vigilância Estadual, respectivamente.


Flash de Carliene Carpaso
Redação Caroline Oliveira
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Saúde entrega carros e equipamentos para combate ao Aedes aegypti

A Secretaria de Estado da Saúde entrega hoje(18), veículos e equipamentos de combate ao Aedes aegypti e divulgação de Boletim Epidemiológico da doença no Estado. Essa será também uma solenidade alusiva ao Dia Estadual de Combate e Prevenção à Microcefalia, 18 de outubro, no pátio do Centro Administrativo.

Serão entregues quatro veículos equipados com bombas fumacê e 28 bombas costais motorizadas. Com estes equipamentos, o Governo do Estado intensifica as ações de combate e prevenção ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya e sensibiliza gestores municipais e técnicos sobre o combate ao mosquito.

Os quatro veículos com fumacê foram adquiridos com recursos do Estado, no valor total de R$299.970,00 e serão entregues às regionais. As bombas fumacês costais foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde e serão entregues às regionais e à Vigilância Estadual, respectivamente.

A aquisição dos veículos e os demais equipamentos é resultado do plano de ação para 2016 de combate ao mosquito Aedes, que inclui ainda a orientação aos municípios que intensifiquem o monitoramento e fiscalização dos imóveis, atualizando os dados no PNEM – Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia.

O Dia de Combate e Prevenção à Microcefalia foi criado a partir da Lei nº 148, da deputada Flora Izabel, passou a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Estado e tem o objetivo de conscientizar a população através de informações, palestras para o esclarecimento da sociedade e mostrar a necessidade da prevenção nesses casos.

 

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Aplicativo traz jogo interativo sobre como combater o Aedes aegypti

O combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus zika, tem mais um aliado, com o aplicativo Pega Mosquito, desenvolvido pela Empresa de Processamento de Dados Amazonas (Prodam). O aplicativo é uma espécie que jogo no qual o usuário precisa cumprir tarefas que previnem a proliferação do mosquito.

Segundo o chefe da Divisão de Inovação do Prodam, Raphael Marinho, o jogo foi criado a partir da campanha  nacional ‘10 Minutos contra a Dengue’ da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que orienta a população, por meio de uma cartilha, a reservar um tempo, pelo menos uma vez por semana, para eliminar os focos de criadouros do inseto.

“A ideia foi pegar essa cartilha e transformá-la em um minijogo, em que você tem um minuto para cumprir as missões, como verificar o pneu em casa, os vasos e assim por diante. Você vai fazendo essas coisas e vai ganhando uma pontuação. A gente colocou um recurso de 'gameficação' para aumentar o engajamento. A gente quis também promover um ranking onde as pessoas que estão participando sejam colocadas nesse ranking e sejam exibidas para todo mundo”, explicou Marinho.

De acordo com Raphael Marinho, a ideia é envolver crianças e adolescentes no combate ao mosquito. Mas a ferramenta também pode auxiliar profissionais da saúde.

“O foco principal é usar tanto na parte do ensino, nas escolas, ou seja, usar a web com as crianças e promover joguinhos e ensiná-los a combater com todas essas medidas de prevenção, como também focar nos agentes de saúde, se eles quiserem utilizar a web como uma maneira de checar se já foi feito tudo”.

O aplicativo Pega Mosquito por ser baixado em celulares com sistema android, na Google Play Store.


Fonte: Agência Brasil 

Pulverização aérea para conter mosquito Aedes aegypti é inconstitucional, diz Janot


A pulverização de substâncias químicas por aeronaves para conter doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti é inconstitucional. O posicionamento é do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.592, enviada ao Supremo Tribunal Federal.

Para Janot, a pulverização ofende a preservação do meio ambiente, além de trazer riscos à saúde humana. Por haver perigo de danos imediatos aos ecossistemas e risco de intoxicação humana, Janot pediu concessão de medida cautelar.

A Lei 13.301/2016 dispõe sobre a adoção de medidas de vigilância em saúde diante de situações de iminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chincungunha e da zica. 

A ação proposta por Janot volta-se contra o trecho da legislação que afirma ser fundamental a pulverização de produtos químicos para conter os mosquitos (art.1º, §3º). 

Segundo Janot, além de ser duvidosa a efetividade da medida, ela traz impactos negativos como contaminação do meio ambiente e intoxicação da população, podendo causar dores de cabeça, náuseas, dificuldades respiratórias e alergias na pele. Após a dispersão química, as substâncias acabam atingindo residências, escolas, creches, hospitais, clubes, feiras, comércio de rua e ambientes naturais, meios aquáticos, como lagos, lagoas e centrais de fornecimento de água para o consumo humano.

Outro ponto abordado pelo procurador-geral na ação é a questão da finalidade, alertando que a medida não contribui efetivamente para o combate ao mosquito, que possui hábitos domiciliares, ao abrigo das pulverizações. 

“Não se admite previsão legal de medidas vãs do poder público, em respeito à carência de recursos materiais e humanos, e ao dinheiro recolhido compulsoriamente dos contribuintes”, complementa.

Ele argumenta que não há certeza quanto à eficácia nem quanto à segurança da medida. 

“Pelo contrário, os estudos existentes indicam em sentido oposto, pela ineficácia e periculosidade da dispersão de produtos químicos por aeronaves. É incompatível com a ordem constitucional previsão legal que admita medida cujos efeitos positivos à saúde e ao meio ambiente não foram comprovados, mas que, bem ao contrário, a maior parte da informação disponível sugere que seja ineficiente e dano”, sustenta. 

Ministério da Saúde libera R$ 1,9 milhão para ações de vigilância no Piauí

O Ministério da Saúde liberou cerca de R$ 1,9 milhão para o Piauí referente ao piso fixo de vigilância em saúde para o pagamento dos salários agentes de combates a endemias e fortalecimento das políticas de atuação desses profissionais. É uma transferência direta do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos Fundos Municipais e Estaduais de Saúde.

O total de R$ 1,9 milhão está dividido em: R$ 1,4 milhão de PFVS; R$ 493,2 mil de Assistência Financeira Complementar (AFC) da União e R$ 25,9 mil referente ao incentivo financeiro (IF) para fortalecimento de políticas afetas à atuação dos 512 Agentes de Combate às Endemias do estado. Tanto o AFC quanto o IF são recursos para o cumprimento do piso salarial profissional nacional dos Agentes de Combate às Endemias (ACE), de acordo com o monitoramento do mês de maio do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES). Todos esses recursos referem-se à competência financeira de junho deste ano.

No Piauí, existem 512 agentes de endemias que recebem o piso salarial nacional de R$ 1.014,00. A assistência financeira repassada pela União correpende a 95% do valor deste piso. Até então, não existia incentivo específico para pagamento de ACE. Os recursos do Piso Fixo de Vigilância em Saúde, repassados a todos os estados e municípios, destinados ao financiamento das ações de vigilância em saúde, podem inclusive ser utilizados para pagamento de pessoal.

Os agentes de endemias são fundamentais para o desenvolvimento de ações de prevenção e controle da dengue, leishmaniose, chikungunya, entre outras doenças endêmicas no país.

Em todo Brasil 

Do total de R$ 114 milhões enviados a todo o país, R$ 79 milhões são referentes ao PFVS; R$ 33,6 milhões de Assistência Financeira Complementar (AFC) da União e R$ 1,7 milhão referente ao incentivo financeiro (IF). Todas as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde recebem o Piso Fixo. Porém, para receber a AFC e o IF para fins de pagamento do piso salarial dos ACEs, o município precisa cadastrar os seus agentes no Cadastro Nacional e cumprir as exigências legais, de acordo com uma série de portarias ministeriais.

Em cumprimento à Lei 12.994 de 2014, a Portaria 1.025, de 21 de julho de 2015, define o quantitativo máximo de ACE passível de contratação com o auxílio da AFC da União, de acordo com os parâmetros e diretrizes estabelecidos no Decreto nº 8.474, de 22 de junho de 2015. Os parâmetros em função da população e das peculiaridades locais estão relacionados às ações de campo de vigilância e controle de vetores e das endemias prevalentes em todo território nacional.
 
A AFC, a ser repassada pelo Ministério da Saúde aos estados, Distrito Federal e municípios, está condicionada aos requisitos estabelecidos em lei e será proporcional ao número máximo de ACE, passível de contratação com o auxílio desse recurso, em atividade no SUS, carga horária de 40 horas, vínculo direto e devidamente inserido no Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES).

O recurso da Assistência Financeira Complementar será deduzido até o limite de 50% do montante do Piso Fixo de Vigilância em Saúde do respectivo ente federativo, na medida em que o mesmo realizar o cadastro dos ACEs no SCNES. 

Atualmente em todo o Brasil, são 78.856 Agentes de Endemias cadastrados no SCNES uma vez que os municípios são entes autônomos e, portanto, livres para contratar com recursos próprios segundo o interesse e necessidades locais mais agentes acima do quantitativo estabelecido na Portaria GM/MS nº 1.025/2015.


Da redação
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Zika pode ser transmitido pelo pernilongo, diz pesquisador

Pesquisador Carlos Henrique fala sobre a transmissão da Zika pelo pernilongo (foto: Joao Neto/cidade verde)

Uma pesquisa inédita realizada pela Fiocruz detectou a presença do vírus zika em mosquitos Culex quinquefasciatus (a popular muriçoca ou pernilongo doméstico) coletados na cidade do Recife. Isso vem a confirmar a espécie como potencial vetor do vírus causador da zika. 

Em entrevista ao Notícia da Manhã desta sexta-feira (22), o médico e pesquisador, Carlos Henrique Nery Costa, disse que a investigação trouxe uma notícia muito forte e surpreendente. “Se for confirmada, todo o programa de controle dessas doenças precisam ser reforçadas. Inclusive do Zika, que ainda possui muitos mistérios”.

O pesquisador destacou ainda que ela encontrou o vírus dentro do mosquito, estando o vírus também presente nas glândulas salivares, que é a ultima etapa da transmissão para o hospedeiro humano. 

Ele ressaltou que a mudança do pernilongo doméstico é muito mais forte e recorrente do que a do Aedes aegypti. 

“As evidencias são muito fortes. A mudança do Culex com relação ao Aedes é muito forte, o que poderia explicar muitas coisas na transmissão”. 

“O que ainda não foi demostrado ainda é que se os mosquitos infectados pelo Zika Virus são capaz de transmitir ou transmitem para outras pessoas. Essa última evidência está faltando. Falta a gente medir também o que chamamos de capacidade vetorial porque ainda se está medindo a competência, ou seja, a capacidade de se infectar”, explicou o médico. 

O Pernilongo

O pernilongo é uma espécie de mosquito mais abundante no ambiente urbano das áreas tropicais e subtropicais, podendo estar presente em uma densidade 20 vezes maior que o Aedes aegypti.

O mosquito "Culex quinquefasciatus", conhecido como muriçoca ou pernilongo doméstico

Pesquisa

A pesquisa foi conduzida pela Fiocruz Pernambuco na Região Metropolitana do Recife, onde a população do Culex é cerca de 20 vezes maior do que a população de Aedes aegypti. Os resultados preliminares da pesquisa de campo identificaram a presença de Culex quinquefasciatus infectados naturalmente pelo vírus zika em três dos 80 grupos de mosquitos analisados até o momento. Em duas dessas amostras, os mosquitos não estavam alimentados, demonstrando que o vírus estava disseminado no organismo do inseto e não em uma alimentação recente num hospedeiro infectado.

A coleta dos mosquitos foi feita com base nos endereços dos casos relatados de zika nas cidades do Recife e Arcoverde, obtidos com a Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco (SES-PE). O número total de mosquitos examinados na pesquisa foi de aproximadamente 500. O objetivo do projeto é comparar o papel de algumas espécies de mosquitos do Brasil na transmissão de arboviroses. Foi dada prioridade ao vírus zika devido a epidemia da doença no Brasil e sua ligação com a microcefalia.

A partir dos dados obtidos, os pesquisadores afirmam que serão necessários estudos adicionais para avaliar o potencial da participação do Culex na disseminação do vírus zika e seu real papel na epidemia. De acordo com a Fiocruz, o estudo atual tem grande relevância, uma vez que as medidas de controle de vetores são diferentes.


Carlienne Carpaso (Com informações do Extra)
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Pernilongo também pode transmitir o vírus da zika

O mosquito "Culex quinquefasciatus", conhecido como muriçoca ou pernilongo doméstico, também pode transmitir o vírus da Zika. A descoberta, inédita, é anunciada pela Fiocruz no Rio de Janeiro neste momento. A pesquisadora da Fiocruz Pernambuco Constância Ayres conseguiu encontrar, pela primeira vez, pernilongos carregando o vírus na natureza.

Até o momento, cientistas acreditavam que o Aedes aegypti era o principal vetor do vírus no Brasil. Em junho, Ayres disse à BBC Brasil que outras espécies de mosquito também transmitiam Zika em outros países.

Segundo a Fiocruz, a pesquisa ainda está em andamento e será preciso determinar qual é exatamente o papel do pernilongo na epidemia brasileira.
"Já sabemos que ele transmite. O que ainda não sabemos é a capacidade dele como vetor", disse Ayres durante a coletiva de imprensa.

A descoberta poderia mudar a estratégia brasileira de combate à doença, que causa malformações graves em bebês. Só em Recife, onde a pesquisa foi feita, a população do Culex é 20 vezes maior do que a de Aedes aegypti. O pernilongo também age em locais como lixo e esgoto, diferentemente do Aedes.

A Fiocruz afirma, no entanto, que até que se compreenda a importância do pernilongo na epidemia, política de controle da Zika continuará focada no controle do Aedes aegypti.

A Fundação também diz que ainda não detectou o vírus em mosquitos Culex no Rio de Janeiro, e mantém a afirmação de que o risco de propagação da Zika na Olimpíada é baixo.

Fonte: BBC

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