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Pai acusa policial de matar seu filho no Renascença com vários tiros

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Afonso dos Santos Sousa esteve na Delegacia de Homicídios nesta segunda-feira(13) para denunciar o assassinato de seu filho, Adriano da Silva Sousa, 24 anos, conhecido como Paulista, que foi alvejado com pelo menos sete disparos na noite de ontem, na porta de casa no bairro Renascença, zona Sudeste de Teresina. Paulista foi socorrido pelo pai, mas morreu no Hospital do Dirceu. Afonso Sousa acusa um policial militar da Rone pelo homicídio. 

Segundo o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Baretta, o pai disse que eles estavam abrindo o portão de casa quando uma moto encostou e disparou os tiros no filho, pelas costas e que depois que ele caiu ainda atirou duas vezes. 

“Antes de morrer, o pai ainda gritou o chamando de covarde e autor saiu de moto. Ele disse que o filho disse o nome e que era da Rone, mas estava à paisana, depois pegou o filho e levou para o hospital, mas não resistiu”, afirmou o delegado, sem identificar o suposto policial.  

O delegado declarou que ainda há duas informações sobre a vítima. “Esse Paulista teria assaltado um capitão da polícia, numa churrascaria no Dirceu e também teria dado uns tiros no irmão de um soldado da Rone. Estamos tratando o caso com cautela e aqui investigamos para prender e não prendemos para investigar, vamos fazer as devidas apurações”, destacou Baretta. 

Um dos estojos de ponto 40 foi apreendido e será encaminhado para a perícia. 

Uma vizinha informou que dois policiais fardados da Rone, que estavam de moto, supostamente recolheram três cápsulas de balas, depois que o pai socorreu o filho. E que no local também havia passado uma viatura da Rone, que olhou os tiros na parede e no portão e foram embora. 

Posição do Rone
Em entrevista ao vivo no Jornal do Piauí desta segunda-feira (13), o comandante do batalhão Rone, coronel Raimundo Sousa, desejou que o caso seja esclarecido o mais rápido possível, e afirmou que a Polícia Militar vai colaborar com qualquer exame ou perícia que vier a ser requisitada nas investigações. Por enquanto, o Rone apenas aguarda a abertura de inquérito por parte da Polícia Civil, a quem compete investigar o caso. 


Caroline Oliveira
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