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"País não aguenta mais Sarney, Collor e Renan", diz Campos durante sabatina

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O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, aproveitou sua participação em sabatina com empresários nesta quarta-feira para atacar a forma como a política é conduzida no Brasil. Durante o Diálogo da Indústria com Candidatos, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Campos afirmou que o Brasil não “aguenta” mais um ciclo eleitoral com a participação de políticos influentes no cenário político atual.

“Não quero dizer que tenhamos condições de resolver todos os problemas, mas é começar a fazer a transição para outro patamar”, disse o candidato, alegando que a disputa presidencial “não deve estar circunscrita entre o vermelho e o azul”, em referência à polarização entre PT e PSDB. “O Brasil não aguenta mais quatro anos acompanhado de (José) Sarney, (Fernando) Collor e de Renan (Calheiros)”, disse.

De acordo com Eduardo Campos, uma reforma política é necessária para a mudança na condução do governo brasileiro. “Só ela vai dar a possibilidade de se governar de outras formas. Não são necessários 39 ministérios, não são necessários mais de 22 mil cargos comissionados ou ficar ajoelhado à chantagem política”, afirmou.

Campos atacou o que chamou de “presidencialismo de coalizão”, mas não deixou claro como comporia seu governo em caso de vitória. Ele também defendeu mudanças nas indicações das agências reguladoras. “Não se pode encher as agências reguladores de setores estratégicos com apadrinhados políticos”, disse, sugerindo o uso de caça-talentos para buscar gestores dessas autarquias.

Em entrevista ao final da sabatina, Campos disse ter confiança em uma mudança no voto neste ano ao citar uma renovação nas candidaturas ao Congresso. O candidato defendeu uma coalizão para “Creio que vai vir uma mudança muito importante do voto, do exercício da cidadania brasileira, que nos ajude a ter um Congresso e uma governança do executivo capaz de fazer alianças em torno de programas”, disse.

“É possível fazer governo assim desde que a gente não submeta o Brasil à mesma polarização que imponha os polos às mas companhias, que sufocam os avanços da democracia, o aperfeiçoamento da governança e distanciam a sociedade da políticadiscutir projetos, e não governos", acrescentou.

O presidenciável se colocou como uma opção para o momento após a crise financeira internacional de 2008. "Nós não podemos deixar o País sem outra opção. (...) O mundo vive um pós-crise desafiador. O Brasil está parado, o Brasil está patinando a menos de 1%, com inflação no teto, com juros reais elevados e empregos derretendo. Não é possível que a nação entenda que não tem outra força política", disse a jornalistas após o evento com empresários.

Reforma tributária

A exemplo de outras oportunidades, Eduardo Campos prometeu, se eleito, enviar em sua primeira semana de mandato o projeto de lei com proposta de reforma tributária para o Congresso Nacional. Para ele, o trâmite dessa matéria de tamanha complexidade exigirá mais tempo de debate. “Não dá para a gente fazer a reforma do dia para a noite”, disse.

“Serei o presidente da República que enviará o projeto da reforma na primeira semana de governo ao Congresso Nacional e acompanharei a articulação pessoalmente”, prometeu o candidato do PSB. Ele também se comprometeu a não aumentar a carga tributária e também a combater a cumulatividade de impostos na cadeia produtiva.

Fonte: Terra

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