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Pesquisa mostra que brasileiros desconhecem gravidade da disfunção erétil

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Mais de 70% dos brasileiros não conhecem os diferentes níveis e gravidades de uma doença bastante comum e de grande impacto na vida dos casais: a disfunção erétil. A pesquisa De Volta ao Controle, feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), avaliou a percepção de homens e mulheres sobre o problema e mostrou esse dado alarmante.

A pesquisa da SBU demonstra que a população na faixa de 40 a 49 anos (78%) é a que mais desconhece o problema . Os que detêm mais informação têm idade entre 60 e 69 anos (41%). "O problema tem relação direta com o aumento da idade e é natural que os homens mais maduros busquem mais informações sobre as causas e tratamentos disponíveis”, complementa Aita.

O urologista piauiense Giuliano Aita comenta que vê de perto, em seu consultório, como os homens realmente se equivocam muito no julgamento da gravidade do problema. “Identificamos com bastante frequência um auto diagnóstico inadequado, assim como uma subvalorização das possíveis causas da dificuldade de ereção”, explica.

Ele comenta que o problema atinge pelo menos 25 milhões de brasileiros. Desses, 11,3% convivem com as formas moderada ou grave da doença. Outro dado relevante é que um terço dos entrevistados (34%) diz não conhecer qualquer tipo de tratamento contra a doença.

Entre as opções terapêuticas atualmente disponíveis para a disfunção erétil, as mais conhecidas pelo público são os medicamentos orais (61%), seguidos pelo implante de prótese maleável (38%), implante de prótese inflável (21%) e as injeções penianas (21%). O maior nível de desconhecimento está na região Sul, onde 42% dos entrevistados dizem desconhecer todas as formas de tratamento. 

Quando perguntados se não pudessem ser tratados com medicamentos, 42% dos homens consideram fazer um implante capaz de restabelecer a função do pênis, enquanto 45% das parceiras(os) têm dúvidas a respeito. Já 57% dos homens dizem que não sabem, provavelmente ou certamente não fariam o implante. Entre as parceiras (os), o percentual é 11% maior. 


Na avaliação de Giuliano Aita, esse desconhecimento é a prova de que é preciso falar de forma mais aberta e clara sobre a disfunção erétil. Segundo ele, os homens precisam saber que é possível recuperar a função sexual, seja com tratamento medicamentoso ou com  terapias auxiliares. “Para cada nível de gravidade há algum tratamento que pode ajudar o homem a voltar a ter uma vida sexual satisfatória. O diagnóstico precoce é importante. Quase a metade dos homens esperam mais de um ano após o início do problema até que procurem o especialista. A disfunção erétil está associada a uma maior chance de doenças  e eventos cardiovasculares. Portanto, o tratamento envolve medidas específicas e  mudanças no estilo de vida, além de acompanhamento psicológico em casos selecionados " , assevera o especialista.

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