Polícia investiga quadrilha especializada em sequestro de crianças em Teresina

A Polícia Civil do Piauí investiga ações de possíveis grupos especializados em sequestros de crianças em Teresina. A autônoma Samara Pereira de Sousa procurou a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) nesta sexta-feira (17) para denunciar a tentativa de sequestro do seu filho, de apenas nove meses. Este é o segundo caso semelhante registrado esta semana em Teresina. Samara foi vítima da ação às 10h, nesta quinta-feira (16), no Centro da capital.

De acordo com Samara, ela havia acabado de descer de um ônibus na Praça da Bandeira, no Centro de Teresina. Uma moto com dois homens se aproximou, um deles desceu do veículo e pediu para que ela lhe desse a criança. Ela se recusou a entregar o filho e foi agredida.

“Eles já foram dizendo ‘Passa o menino! Passa o menino!’, mas eu não dei. Ele começou a me puxar, puxar meu filho e a me agredir. Aí ele pegou o capacete e ainda acertou o neném. O outro rapaz disse para ele parar, que eu não ia entregar a criança. Aí eles foram embora. Eu fiquei desesperada”, declarou.

Nem ela nem o bebê sofreram lesões graves, mas ela agora aguarda que a polícia tome providências, já que somente essa semana, este é o segundo caso de tentativa de sequestro de crianças. Ontem, uma mulher denunciou que um casal tentou levar sua filha de apenas três anos, na Zona Norte de Teresina.

De acordo com o gerente de polícia metropolitana de Teresina, delegado Luccy Keiko, a polícia não acredita que os dois casos estejam relacionados, mas as diligências já foram iniciadas e um inquérito já foi aberto para apurar as denúncias. Segundo ele, tentativas de sequestros de bebês não haviam sido registradas nos últimos anos em Teresina, o que deixa a polícia em alerta. A punição para o sequestro de crianças está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com pena que varia de dois a seis anos de reclusão.

"O prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias, mas com a gravidade do caso, vamos acelerar as investigações e pedimos para que quem tiver qualquer informação, entre em contato com a polícia pelo telefone 3216-5480. É possível que esses bebês tenham sido encomendados, mas ainda não podemos afirmar isso.", declarou.