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Polícia prende acusado da chacina que planejava matar 20 pessoas no povoado

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Atualizada às 19h25 (horário de Teresina)
"Antes de me matar, eu matei". Com rancor do povoado Palmeira de Cima e remorso por ter matado uma pessoa por engano, Clewilson Vieira Matias, o "Chiê", 34 anos, confessou ser o autor da chacina de 31 de outubro em São Miguel do Tapuio, interior do Piauí. O acusado afirmou que pretende tirar a própria vida e justificou ter promovido os crimes por perseguição. 

Ostentando a tatuagem do terrorista Osama bin Laden em um dos braços, Clewilson chegou de helicóptero no aeroporto de Teresina e foi levado para o quartel do comando geral da Polícia Militar, onde foi apresentado para a imprensa. Raivoso, afirmou que responderia a todos, mas retrucou ao falar de assuntos íntimos: "essas perguntas indecentes eu não respondo".

Clewilson afirmou ter matado a esposa com vários tiros no rosto porque descobriu que a mesma o traía com outra mulher. Ele afirmou ter atirado porque já havia visto a agente de saúde Maria Moreira do Nascimento com outra mulher, e a esposa negou a traição. 

Ao sair de casa, Clewilson encontrou o filho mais velho e pediu desculpas a ele por ter matado a mãe. 

Depois disso, Clewilson matou outras quatro pessoas. O último deles foi Cláudio Barros de Oliveira, comerciante que ele afirmou ter assassinado por engano. "Eu não matei o Cláudio. Eu matei o Claudinor, mas me disseram que eu tinha matado o Cláudio e eu me arrependo pelo meu compadre", disse o assassino, em um dos momentos que chorou. 

O acusado da chacina também foi aos prantos ao falar dos pais, motivo pelo qual ele teria deixado a fuga no mato e voltado para a zona urbana de São Miguel do Tapuio há dois dias. "Eu quero morrer e pedir desculpas ao meu pai, a minha mãe e a família do meu compadre Cláudio".

Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

"Invocado" de "vida boa"
Na entrevista, Clewilson Matias disse ser "invocado" com armas, o que justificaria o material apreeendido com ele. O pequeno arsenal foi usado para se vingar da comunidade. 

"Eu queria saber porque que eles tinham tanta raiva de mim. Eles queriam me ver preso, agora eles conseguiram", declarou o responsável pla chacina, novamente chorando. 

Clewilson disse que a comunidade queria expulsá-lo por ter inveja da sua "boa vida". Ele afirmou ter casas de aluguel e uma esposa que trabalhava e tinha salário. Admitiu ter sido traficante de drogas, mas disse ter largado a venda de entorpecentes há quatro anos. 

O responsável pela chacina que chocou o Piauí vai passar a noite preso na Delegacia de Homicídios. 

Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

Atualidaza às 18h36 (horário de Teresina)
O helicóptero da Polícia Militar trazendo  Clewilson Vieira Matias, 34 anos, aterrisou às 18h25 desta quinta-feira (6) no aeroporto de Teresina (PI). Acusado de matar cinco pessoas no povoado Palmeira de Cima, em São Miguel do Tapuio, ele foi encontrado escondido em uma casa na zona urbana do município. 

Clewilson Matias desembarcou acompanhado de dois policiais militares e do delegado Laércio Evangelista. Perguntado por jornalistas, o acusado da chacina repetia apenas "depois eu falo". Ele só ficou em silêncio após ser questionado pela repórter Indira Gomes, da TV Cidade Verde, sobre o motivo que o levou a matar as pessoas. 

O acusado de promover a chacina foi levado para o quartel do comando geral da Polícia Militar. 

Os dois homens que foram detidos com Clewilson na mesma casa ficaram em São Miguel do Tapuio. A polícia ainda investiga o que eles faziam no imóvel. 

Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

Atualizada às 17h32 (horário local)
As Policias Civil e Militar do Piauí prenderam nesta quinta-feira (6) o acusado de assassinar à queima roupa cinco pessoas no povoado Palmeira de Cima, no município de São Miguel do Tapuio, que fica a 227 km de Teresina. Na chacina, o preso Clewilson Vieira Matias, 34 anos, escolheu todas as vítimas e os mataram em um raio de 500m.

Clewilson Matias, que estava foragido há sete dias, foi encontrado em uma residência na rua General Gayoso, no bairro Bandeirantes, na sede do município. Com ele foram detidos dois homens, pai e filho, que terão sua presença na casa investigada.

O delegado Laércio Evangelista disse que o acusado estava escondido a 10 quadras da Delegacia do município.

“Ele confessou o crime, disse que estava sufocado com todos e não aguentava mais. Ele disse que a ideia era matar todos os seus desafetos, cerca de 20 pessoas, e depois iria se matar. No entanto, ele disse que desistiu de se matar”, disse o delegado.

Além de Clewilson Matias foram presos Antônio Alves Nogueira, o pai, e José Francisco Silva Alves, o filho.

O acusado da chacina foi preso exatamente no dia em que foi celebrado o sétimo dia de morte das cinco vítimas. As famílias e popualares participaram da celebração sob forte sentimento de comoção. 

O delegado Laércio Evangelista conta que a polícia fez o seu papel e deu uma resposta a sociedade. "Com a prisão a população vai se acalmar. O nosso sentimento é de dever cumprido".  

Ele conta ainda que quando entrou na residência, Clewilson Matias estava escondido atrás de uma porta e teria apontado uma arma para o delegado. "Ele colocou a arma na minha cara, mas demos ordem de prisão, e conseguimos prende-lo. Houve resistência". Na residência fora encontradas várias armas e munições que pertecem ao acusado. 

Participaram da operação as forças policiais das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), Grupos de Ações Táticas Especiais (Gate), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Grupamento Tático Aeropolicial (GTAP), além dos policiais militares de São Miguel do Tapuio, Delegacia de Homicídios e polícia civil de Castelo do Piauí.

Sana Moraes (flash)
Fábio Lima (da Redação)

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