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Polícia prende suspeito de aplicar golpe de R$ 8 milhões com milhas de viagem

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Atualizada às 11h15

Em coletiva à imprensa, o delegado César Camelo, presidente do Greco, e a delegada de repressão aos crimes tecnológicos,  Christiane Araujo Fonteles Vasconcelos, divulgaram detalhes da prisão do estudante de medicina Nomangh Arruda de Sousa, 24 anos, preso na região do Planalto Uruguai, zona leste de Teresina, na manhã desta segunda-feira (2), após cumprimento de mandado de prisão. O jovem é suspeito de participar de uma quadrilha especializada em furtar dados de clientes do programa de milhagem Multiplus. O prejuízo estimado é de R$ 8 milhões. 

Wilson Filho/CidadeVerde.com

Camelo explicou que além do Piauí, o bando estaria dando golpes em Minas Gerais e Pernambuco. Nomangh é natural de Araripina (PE) e está cursando o 6º período de medicina em uma faculdade particular de Teresina. Na casa dele foram apreendidos celulares, computadores e pen drives. 

A denúncia teria partido da própria empresa Multiplus em fevereiro. As investigações revelaram que o estudante estaria praticando o golpe há mais de dois anos. O delegado acredita que o estudante teria arrecadado cerca de R$ 60 mil por ao ano.

A delegada Christiane Araujo Fonteles Vasconcelos informou que o suspeito estaria comprando pacotes de milhas roubados e emitindo passagem para clientes dele. “Isso envolve pessoas físicas, agências de turismo e gente com quem ele tinha relação pessoal", acrescenta.

Divulgação PC

Nomangh

Os peritos do Greco já estão analisando o computador e identificando os clientes beneficiados pelo esquema. 

Na sexta-feira (27), a operação prendeu uma pessoa de uma agência de turismo em Minas Gerais. Nesta segunda, a ação foi deflagrada também em Pernambuco. 

Nomangh deve ser autuado em flagrante pelo crime de furto mediante fraude. 

Recomendações 
A delegada Christiane Vasconcelos recomenda que os clientes procurem acompanhar sempre seus programas de fidelização, não abram links solicitando recadastramento, desconfiem de promoções que chegam por e-mail, já que estas correspondências podem implantar programas maliciosos que roubam dados pessoas das vítimas. 

Atualizada às 16h35

Posicionamento da empresa
A empresa Multiplus divulgou posicionamento sobre a operação desencadeada pela Polícia Civil do Piauí nesta segunda-feira (2), na qual um estudante de Medicina foi preso suspeito de participar de uma quadrilha especializada em furtar dados através da internet. Nesse golpe, o prejuízo estimado é de R$ 8 milhões.

Veja a nota da Multiplus:

A Multiplus informa que não houve invasão de seu sistema, por meio de hackers, e esclarece que é a autora da denúncia para as autoridades competentes. A empresa reforça que a subtração de pontos de participantes foi realizada possivelmente a partir da prática de ‘phishing’, ação criminosa que tem como objetivo obter (pescar) informações e dados pessoais importantes através de mensagens falsas enviadas por e-mail.
 
A Multiplus ressalta que sempre adotou as melhores práticas de segurança para resguardar os dados dos clientes e que todas as transações foram realizadas mediante autenticações legítimas dos participantes, os quais, infelizmente, foram enganados, transmitindo os seus dados para terceiros sem conhecimento.
 
Multiplus

Atualizada às 10h30
Policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), por meio da Divisão de Repressão aos Crimes Tecnológicos, executou na manhã de hoje a Operação Milhas, em conjunto com as Polícias Civis de Minas Gerais e Pernambuco. A ação tem como objetivo desarticular uma quadrilha responsável pelo furto qualificado de 8 milhões de milhas de viagem da empresa Multiplus S. A.

Segundo nota divulgada à imprensa, foi preso, através de mandado de prisão temporária em Teresina, Nomangh Arruda Sousa, estudante de medicina, que seria um dos envolvidos na prática delituosa, além de ter sido dado cumprimento a mandado de busca e apreensão. 

O delegado Carlos Camelo informou que os criminosos conseguiam os dados de clientes e desviavam as milhas. "Eles transferiam as milhas, vendiam passagens e lucravam com o crime", descreve.

Flash de Yala Sena
Carlos Lustosa Filho
[email protected] 

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