Os policiais federais do Piauí decidiram nesta terça-feira (21), depois de uma vídeo conferência que reuniu agentes, escrivões e papiloscopistas de todo o Brasil, que devem parar por 48 horas. Essa é a sétima paralisação da categoria somente este ano. Desta vez a suspensão das atividades é motivada pela medida provisória 657. Os policiais entendem que a MP barra as negociações com o Governo e privilegia cargos.
Fotos: Tv Cidade Verde
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Piauí, Luís Alberto, disse que a MP 650 faz o reconhecimento do nível superior para todos os policiais federais, exceto delegados e peritos que já tem isso garantido na prática e na lei. "Nós temos na lei, mas não temos na prática. A MP 657 veio conceder privilégios, absorvendo só para delegados a função de autoridade policial. Nós consideramos absurdo.
A partir desta quarta-feira (22) até sexta-feira (24) as atividades funcionarão de forma parcial com prioridade para o plantão e custódia de presos.
Durante os dias de paralisação fica suspensa a emissão de passaporte para turismo, além de prisões e investigações. A medida pode atingir diretamente o pleito eleitoral, já que a Polícia Federal é a principal responsável ao combate pelos crimes eleitorais.
Os policiais devem voltar ao trabalho nas vésperas das eleições.
Sana Moraes
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