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Policial militar pode ser segunda vítima de Febre do Nilo no Piauí

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Um segundo caso de Febre do Nilo no Piauí pode ser confirmado nos próximos dias. A vítima é um policial militar de Teresina que passou uma temporada na região de Aroeiras do Itaim, cidade localizada a 340 quilômetros da capital Teresina, onde foi registrada a primeira ocorrência da doença no Brasil.

O militar, que não teve a identidade revelada, está internado em um hospital particular do Centro da capital. Ele já foi submetido a exames, que foram encaminhados ao Instituto Evandro Chagas para avaliação. 

A suspeita foi levantada após o militar apresentar sintomas semelhantes aos que denunciaram a Febre do Nilo no agricultor Francisco Raimundo de Lima, natural de Aroeiras do Itaim e primeira vítima confirmada da doença no país. Em nota, a Sesapi confirmou que recebeu a notificação da suspeita.

Em entrevista ao Notícia da Manhã desta sexta-feira (16), o infectologista Carlos Henrique Nery Costa explicou que não há motivo para pânico. "É uma doença que se manifesta mais entre os animais do que entre os humanos. Apenas 1% das pessoas tem problemas mais graves. São essas pessoas que procuram os médicos. Não há necessidade de pânico", argumentou.

 

Confira a nota da Sesapi:

"A Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí confirma que recebeu uma notificação de caso suspeito de doença pelo vírus da Febre do Nilo Ocidental (FNO) em um paciente que esteve recentemente na região centro-sul do Estado. Sob cuidados em um hospital da rede privada da capital, o paciente apresenta quadro de saúde estável, embora com os sintomas compatíveis com a FNO. Para confirmação da doença, amostras de sangue já foram coletadas para análises em laboratório de referência nacional (Instituto Evandro Chagas).

Informa-se ainda que a suspeição do caso deveu-se a eficiência dos serviços locais de vigilância epidemiológica, ao detectar uma doença de ocorrência desconhecida e possivelmente endêmica em baixos níveis no país ou um surto em fase inicial. Desde o diagnóstico do primeiro caso de doença pelo vírus da FNO, os serviços de vigilância epidemiológica do Estado do Piauí e do município de Teresina concentram esforços para o reconhecimento precoce e abordagem eficiente das suspeitas de novos casos.

O Ministério da Saúde já foi comunicado e está articulando com as instâncias cabíveis as medidas necessárias à prevenção e ao controle da doença no país.

No entanto, por medidas preventivas, recomenda-se a utilização de repelentes e roupas de mangas compridas ao se adentrar em áreas ricas em mosquitos potencialmente transmissores, principalmente no início da manhã e no final da tarde – horários de maior atividade dos vetores. Além disso, deve-se evitar a proliferação dos mosquitos através da eliminação dos seus criadouros no ambiente doméstico e arredores.   

Ressalta-se que a doença não é transmitida de pessoa a pessoa (mesmo que por intermédio de mosquitos) nem pelo consumo de alimentos de origem animal submetidos ao cozimento. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o mosquito vetor da doença pique um indivíduo após alimentar-se com sangue de aves silvestres (pássaros) infectadas." 

 

Flávio Meireles
Com informações da TV Cidade Verde
[email protected]

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