Moradores do Residencial Miram Pacheco, no Vale do Gavião, na zona Leste de Teresina, reclamam de um susposto stand de tiro irregular na região. No último sábado (21), o problema ganhou um novo capítulo. Insatisfeito com a situação, o cabo da Polícia Militar José Valdinar da Silva resolveu tirar satisfação com os administradores do estabelecimento e acabou preso.
Valdinar, lotado na 2ª Companhia Independente da Polícia Militar do Promorar, foi conduzido à Corregedoria da Polícia Militar por abuso de autoridade. A família e vizinhos do policial acompanharam. "Depois que meu marido falou que era cabo, disseram que ele estava detido", comentou a esposa do militar.
Um morador que não quis se identificar presenciou a confusão e deu sua versão sobre o ocorrido. "Na hora que me levantei, a bala passou perto da minha cabeça e bateu na parede. Tomei coragem, chamei o vizinho e fomos lá reclamar com o encarregado do stand de tiro. Não deu tempo nem abrir a boca. Ele já falou que a gente estava preso. Puxou a pistola, colocou na nossa cabeça e disse que a gente estava preso".
Os moradores já reclamaram do perigo várias outras vezes. Segundo lideranças, eles já procuraram Promotoria, Delegacia e Secretaria de Segurança e nada até foi resolvido.
Os moradores, inclusive, já recolheram provas na rua e dentro das casas: projéteis. Eles também têm o último boletim de ocorrência registrado no 25º Distrito Policial na semana passada e o primeiro, de junho de 2014.
Nesse intervalo de tempo, foram feitas queixas também a outros órgãos de segurança. Os moradores têm até um documento, do Exército para a Promotoria de Justiça da Cidadania dos Direitos Humanos do Ministério Público, que tem anexado um laudo de vistoria no stand de tiro feito pelo Instituto de Criminalística Vital Araújo.
O laudo responde a uma das perguntas sobre riscos à população com a seguinte afirmação: "No local não existe qualquer tipo de edificação, moradias, bares, comércio ou serviço público, além de encontrar-se em área isolada. O problema é que o laudo foi emitido em 2011. A comunidade, por sua vez, se instalou no Residencial Miriam Pacheco três anos depois.
Flávio Meireles
Com informações da TV Cidade Verde
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