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Professores da UFPI aprovam greve a partir do dia 17 de maio

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Professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) decidiram paralisar suas atividades docentes por tempo indeterminado, a partir do dia 17 de maio. A greve foi aprovada na tarde desta terça-feira (15), durante assembleia geral extraordinária em todos os campi da Universidade Federal, que contou com a participação de 279 professores. Nenhum docente se manifestou contrário à greve e três se abstiveram.

Os docentes aprovaram, ainda, durante a assembleia, a constituição de um Comando Local de Greve, que deverá conduzir, na Universidade, o movimento grevista. A primeira reunião do Comando será nesta quarta-feira (16), às 10h, na sede da Adufpi.

 “A proposta não é fazer uma greve de esvaziamento do campus e sim de atividades previstas pelo calendário de ações do Comando Local de Greve (CLG) e de atividades conjuntas com os demais servidores públicos”, disse o presidente da Adufpi, Mário Ângelo. 

“O primeiro dia de greve, 17 de maio, será marcado por um ato público às 8h, na praça da liberdade no centro de Teresina em conjunto com SINSEP-PI, SINTSPREVS, SINTRAJUFE, SINDIFPI E ASSIFPI no dia nacional de mobilização e paralisação dos servidores públicos federal”. Afirma Mário Ângelo

Reunião do Setor da Ifes
A greve nacional foi uma indicação da reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-SN, que aconteceu em Brasília no dia 12 de maio. A greve foi aprovada por unanimidade e contou com a presença de 60 representantes de 43 Ifes. No momento da votação estiveram presentes docentes de 36 instituições.

Para Mário Ângelo “Os docentes indicaram a greve mesmo com a edição de uma Medida Provisória (MP) que concede parte do acordo de 2011 que compreende o reajuste de 4% na remuneração dos docentes do Magistério Superior e EBTT, retroativamente a 01 de março de 2012. A MP também garante a incorporação das GEMAS e GEBT  aos vencimentos básicos, cujos valores passam a ser a soma do atual Vencimento Básico com a atual gratificação”.

Entretanto a mesma medida manteve a proposta de mudança na forma de cálculo dos adicionais de insalubridade e periculosidade que passam a ter valores fixos, em vez da porcentagem como é hoje. “Com essa modificação muitos docentes terão seus vencimentos reduzidos mesmo com a implementação do reajuste, pois os valores dos adicionais que eram de 5%, 10% ou 20% foram transformados em valores fixos de R$100,00, R$180,00 e R$260, 00,” diz o presidente da ADUFPI, Mário Ângelo.

Motivo da Greve
A Medida Provisória (MP) 568 foi publicada nesta segunda, 14, no Diário Oficial da União, entretanto a principal reivindicação dos docentes que é a reestruturação da carreira não avançou.

“Os docentes deliberaram pela greve, pois o governo não cumpriu com a principal parte do acordo que era a reestruturação da carreira. O tempo da greve será determinado pela intransigência do governo. A greve não ocorreria se o governo implementasse a reestruturação da carreira proposta pelo movimento docente,” afirma o presidente da ADUFPI.

O acordo emergencial firmado entre o ANDES-SN e o governo no ano passado estipulava o prazo de 31 de março para a conclusão dos trabalhos do grupo constituído entre as partes e demais entidades do setor da educação para a reestruturação da carreira.

Reivindicações
Tendo como referência a pauta da Campanha 2012 dos professores federais, aprovada no 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro, os docentes reivindicam a reestruturação da carreira.

A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Hoje, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51, para uma jornada de 20 horas semanais.

Os professores também querem a valorização e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas Universidades e Institutos Federais e atendimento das reivindicações específicas de cada instituição, a partir das pautas de elaboradas localmente.

Além disso, os professores das Federais somam-se ao conjunto dos Servidores Públicos Federais, que reivindicam, entre outras demandas, um reajuste de 22,08%, a definição de data-base da categoria para 01 de maio e uma política permanente de reposição salarial e reposição de quadros para as diferentes carreiras federais.

 Agenda de mobilização:

Local:

16 de maio: Reunião do comando local de greve na sede da ADUFPI ás 10h

17 de maio: Início da greve com um ato público às 8h, na praça da liberdade no centro de Teresina em conjunto com SINSEP-PI, SINTSPREVS, SINTRAJUFE, SINDIFPI E ASSIFPI no dia nacional de mobilização e paralisação dos servidores públicos federal

Nacional:

16 de maio: reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Público Federais com o governo;

17 de maio: instalação do comando nacional de greve, às 14h na sede do ANDES-SN;

17 de maio: Dia nacional de mobilização e paralisação dos servidores públicos federal.
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