O promotor de justiça Rômulo Paulo Cordão pediu a transferência do julgamento do advogado Arnaldo Alves Messias, e do irmão Renato Evilásio Alves Messias, acusados do assassinato de Adriana dos Santos Borges no ano de 2009, em Corrente (a 840 quilômetros de Teresina). O motivo é a grande influência da família de Arnaldo na região, o que afeta a imparcialidade do júri. A decisão está a cargo do desembargador Edvaldo Moura.  

De acordo com o promotor do Ministério Público do Estado, o objetivo é garantir um julgamento imparcial, já que ele será réu no Tribunal do Júri. “A família dele é grande e bastante influente na região da cidade de Corrente, o que pode comprometer a imparcialidade do julgamento”, declarou. Ele informou ainda que o pedido foi feito há cerca de um ano.

O processo, no entanto, chegou somente no dia 20 de março deste ano ao Tribunal de Justiça do Piauí. De acordo com a assessoria do desembargador, até o momento ainda não há decisão quanto ao pedido de desaforamento nem data para que ocorra. No envio do pedido, o Ministério Público pediu que o julgamento fosse transferido da Comarca de Corrente para a de Teresina.

Entenda o caso

O advogado Arnaldo Alves Messias é acusado de matar a ex-namorada, a professora Adriana dos Santos, com um tiro na cabeça, no ano de 2009. O crime teria acontecido no pátio de uma faculdade onde a vítima trabalhava. Ele teria contado com a ajuda do irmão, Renato Evilásio Alves Messias. Arnaldo tentou o suicídio logo após o crime, mas foi socorrido. O motivo teria sido os ciúmes do acusado, que não teria aceitado o fim do relacionamento com Adriana. 

Maria Romero (especial para o Cidadeverde.com)
[email protected]