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Protesto de caminhoneiros provoca prejuízos aos agricultores pelo Brasil

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A semana foi marcada pelo protesto dos caminhoneiros. O bloqueio das estradas impediu a circulação de mercadorias e muitos produtos foram perdidos.

Houve protestos de Norte a Sul do país. As principais reivindicações dos motoristas eram a redução no preço do diesel e o aumento no valor do frete.

Em 13 estados, caminhões ocuparam estradas e acostamentos, bloquearam o tráfego com pneus queimados e os prejuízos foram se acumulando. Grandes frigoríficos da região Sul não receberam aves e suínos para abate; as linhas de produção pararam e milhares de funcionários foram dispensados. Foi registrada situação parecida nos laticínios onde o leite não chegou. Sem ter como retirar o produto das propriedades muitos agricultores não tiveram outra alternativa e jogaram tudo fora.

Foi difícil escoar a safra Nos estados que mais produzem grãos. Caminhões carregados ficaram presos nas estradas e não chegaram aos terminais ferroviários. Nas fazendas, as máquinas pararam por falta de diesel. Houve tensão no Porto de Santos, um dos maiores do país. O bloqueio durou nove horas. A polícia usou bombas de gás e balas de borracha para acabar com o bloqueio. Um caminhão foi incendiado por manifestantes que usavam máscaras.

Na quarta-feira (25), governo e caminhoneiros se reuniram em Brasília. Foram dez horas de discussões para se chegar a um acordo que atendesse os dois lados. O governo se comprometeu a reduzir o preço do pedágio para os caminhões que viajam vazios, a facilitar o financiamento dos veículos e a responsabilzar o dono da carga, não o caminhoneiro, por eventual excesso de peso. O governo não cedeu no pedido de redução do preço do diesel, mas fez uma promessa.

"Nós podemos afirmar que não haverá, é isto que a Petrobras nos diz, nos informa que não haverá reajuste do preço do diesel nos próximos seis meses", diz Miguel Rosseto, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência.

"Nós pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros em liberar as rodovias pelas conquistas que obtiveram aqui", diz Diumar Bueno, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Autônomos.

O documento foi assinado pelo governo e 11 entidades ligadas aos caminhoneiros. Mas, o representante de uma organização que se intitula Comando Nacional do Transporte, que não participou da reunião, rejeitou o acordo e usou as redes sociais para pedir a continuação dos protestos. Muitas estradas foram liberadas, mas no fim da semana os bloqueios continuavam principalmente nos estados da região Sul.

O valor do frete ainda será discutido em uma reunião marcada para o dia 10 de março, em Brasília.

Fonte: G1

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