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Regina Sousa critica investigação nas contas legais do PT

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A senadora Regina Sousa disse que deverá reassumir a presidência regional do PT daqui a seis meses. Em entrevista ao Notícia da Manhã, desta segunda-feira (20), ela reforça que o partido não aceitará mais doações de empresas privadas e que estranha a investigação na conta legal do PT. Na semana passada, mais um petista, o tesoureiro João Vaccari Neto, foi preso na 12ª fase da Operação Lava-Jato. Vaccari.

"Estou começando um mandato e não estou conseguindo me dedicar ao PT. Sou uma pessoa que gosta de fazer as coisas por inteiro. Atualmente, estava chegando em Teresina às quintas a noite e a sexta já tenho que voltar para Brasília. Quando eu chego tem muita gente para atender e estava indo ao PT, praticamente, para assinar papeis. Em seis meses acredito que consigo acumular as funções, porque no Senado, as atividades se intensificaram devido a CPI do HSBC. Já estou com cinco processos para ser relatora", disse.

A senadora petista falou ainda sobre a situação da base governista do PT no Senado e a caracterizou como frágil e sem coesão.

"A relação política, a base do Governo sempre é muito complicada e com a Dilma muito mais. É uma base frágil. Nós somos maioria, mas não é maioria. Na hora dos votações, quem vota junto só é PT e PC do B, que votam com o Governo em tudo. Por exemplo, tem 20 senadores do PMDB e só três ou quatro votaram a favor. Não existe coesão. Cada votação, cada projeto é uam negociação. Não tem base consistente no Governo", disse. 

Sobre o financiamento de campanha para o PT, que a partir de agora, será apenas público, a senadora revelou insatisfação na investigação da conta legal do PT. Ela destaca que outros partidos também receberam dinheiro de empresas privadas e não estão na mira da Justiça. 

"É estranho que a Justiça investigue a conta legal do PT, o dinheiro que foi prestado conta. O dinheiro entrou foi dado recibo eleitoral, o Tribunal aprovou e agora está sob suspeição de ser dinheiro de superfaturamento. Se há dinheiro de superfaturamento, é de todo mundo. Se você for no site do TSE, 14 empresas daquelas que estão na Petrobras, elas deram pra Dilma R$ 56 milhões, mas deram para o Aécio R$ 53 milhões. Então como pode o dinheiro que foi para o PT ser dinheiro de corrupção e o que foi para o Aécio do Criança Esperança, se foi a mesma empresa que deu? Se essa empresa deu deve ter saído da mesma conta. Por isso pedimos advogados para verificar a origem desse dinheiro. Se a mesma empresa doou, não pode ser um maldito e outro sagrado. Deu pro PMDB que nem tinha candidato à presidência, R$ 29 milhões, além PSB, PP então porque só o PT está sob investigação", argumenta a senadora. 

 

Graciane Sousa
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