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Religiosos da Bahia devem prestar homenagens a Oscar de Oxalá

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A morte do babalorixá Oscar Gomes Filho, neste domingo (17), deixou enlutada não só a família e os amigos do pai-de-santo, mas também os praticantes das religiões de matriz africana do Piauí e de outros estados. Oscar levava como sobrenome o nome do seu orixá de cabeça, Oxalá, que está relacionado à criação do mundo e dos homens, segundo a mitologia do candomblé.

 

 

Segundo a coordenadora da Rede de Religiões Afro-Brasileiras do Estado do Piauí, Eufrazina Gomes, a Mãe Eufrazina, que possui um terreiro de umbanda na zona sul da capital, a morte de Oscar é um fato marcante. “Estamos muito abalados. Eu estava no interior e soube da notícia. Jamais esperaria que acontecesse isso com ele, que é uma referência não só para o candomblé, a religião dele, mas como para todos nós”, declara.  

Mãe Eufrazina conta que em seu terreno, assim como em outros, hoje não haverá a gira, o ritual religioso. “Todos os terreiros gostavam muito dele. Ele era uma pessoa extremamente ensinada. Com certeza, o povo da Bahia, onde ele também é muito querido, está mobilizado e vão estar aqui”, afirma. 

A religiosa explica que iria abrir o cortejo da Cultura Negra Estaiada na Ponte ao lado de Oscar de Oxalá, evento que iria acontecer no próximo dia 30 de agosto e que visa aglutinar os seguidores das religiões de matrizes africanas em Teresina. 

Candomblé e Umbanda
Oscar de Oxalá era ligado ao Candomblé, religião de origem puramente africana, que possui rituais de culto aos orixás que “ocupam” os seus médiuns. Já a Umbanda tem elementos do candomblé, mas também possui traços de religiões como o catolicismo, espiritismo e raízes indígenas e pode haver incorporações dos seus médiuns com entidades como preto-velhos, caboclos, boiadeiros, entre outros. 

 

Carlos Lustosa Filho
[email protected]

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