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Roberto Carlos censura legendas em biografia

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Em seu primeiro livro oficial, Roberto Carlos manteve a postura discreta pela qual é conhecido. Em “Roberto Carlos” (Toriba Editora, 389 páginas, R$ 249), que chega às lojas no mês que vem, o Rei não expõe detalhes de sua trajetória, iniciada nos anos 1960: trata-se, sim, de uma coletânea de fotos de suas aparições públicas, acompanhada por trechos de letras de canções compostas por ele.


“Ele não queria que fosse algo biográfico. Quis apenas que fosse um registro fotográfico da sua história. É uma obra para fãs”, justifica o editor Carlos Ribeiro. Ainda que seja autorizado, tirar a obra do papel custou: Roberto Carlos só topou fazê-la há quatro anos, mas impondo condições. Não quis abrir o seu arquivo fotográfico pessoal e vetou, inclusive, legendas para as imagens que constam na obra. “Tentamos convencê-lo, mas não teve jeito. Até que tivemos a ideia de usar versos das canções com essa função. Roberto é um letrista que fala muito de si. É nas suas letras que ele se expõe”.

Roberto Carlos, aliás, tem status de coeditor de obra — as quase 400 imagens que constam nela foram escolhidas a partir de uma seleção original de 4 mil. “Tive uns 10 encontros com ele, em hotéis, estúdio dele, bastidores de shows. Em cada reunião, ele escolhia imagens, inclusive por critérios técnicos. Se uma foto não estivesse com um contraste bom, por exemplo, ele pedia para corrigir. Ele é o homem mais perfeccionista que eu conheci. Até a véspera de o livro ir para a gráfica, não tinha certeza se ele sairia mesmo”, relembra Ribeiro.

Um capítulo, no entanto, Roberto Carlos dedicou uma atenção especial: sobre seus amores. Nele há imagens de Maria Rita, sua ex-mulher, que morreu de câncer em 1999. Ela foi, declaradamente, a mulher mais importante da vida do cantor. “Ele quis ver todas as fotos que tínhamos. Foi, sem dúvida, a parte mais delicada”, aponta o autor, que relembra um momento marcante. Durante um desses encontros, o Rei se emocionou ao ver uma imagem datada de 1998, que ele ainda não conhecia. “Me disse: ‘como estava bonita a minha bichinha’. Foi bastante especial”, recorda-se.

Segundo Carlos Ribeiro, o resultado dos encontros com Roberto daria um livro, mas preferiu respeitar o desejo do cantor de contar, ele próprio, sua história. “Roberto está gravando depoimentos para quando decidir lançar sua biografia”, revela o editor. “Roberto me contou bastante coisas, mas nada que foi dito vazou. Acho que isso criou uma relação de respeito mútuo”.

 

Fonte: Extra

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