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Salve Rainha propõe invasão criativa e alerta para “ponte do meio”

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Dar vida a lugares abandonados, que chegam a ser invisíveis em Teresina e intervir no debate do patrimônio histórico, ambiental e cultural são missões do coletivo Salve Rainha.

Se você ainda não ouviu falar do evento, nem pense que é ação religiosa. É uma tentativa de invasão criativa, que a cada edição, reúne público e artistas convidados de várias partes da cidade. Na noite deste domingo (19), o local escolhido foi debaixo da ponte Juscelino Kubitschek, na avenida Marechal Castelo Branco.

É uma mistura de bazar, brechó, literatura, música, exposição, gastronomia, antiguidade e é aberto a novas experiências. Reúne tribos das mais variadas idades e gostos, uma espécie de Woodstock da chapada do corisco. Os persistentes – todos estudantes e autônomos – alertam para problemas da cidade, contam com ajuda de artistas locais, que divulgam suas produções, e reforçam a causa dos idealizadores do evento.

Na noite deste domingo, os convidados foram o artista plástico Tupy Neto com a exposição “Cabeça de Deus” e contou com a mostra fotográfica de Regis Falcão e Mariel Werneck. O poeta Valciãn Calixto lançou seu livro “Reminiscências do caseiro Genival” e Manoel Cícero levou peças raras da menor galeria cultural do mundo, que fica no bairro Mafuá. A música ficou por conta de Henrique Douglas, Livia Perduvoyage e de Hugo Trincado.

#VemProMeio

Estudantes de Arquitetura discutiam com o público do Salve Rainha o movimento que batizou de #VemProMeio sobre a construção da terceira via da ponte JK sobre o rio Poty.

Débora Moura, 19 anos, Amina Andrade, 21 anos, estudantes de Arquitetura expuseram 12 motivos para ser contra a ponte do meio.  As razões do manifesto foram coladas no muro improvisado debaixo da ponte. Para elas, o projeto da prefeitura não ajudará na mobilidade urbana, compromete o meio ambiente e afetará o clima na cidade.

“É uma obra que contraria a tendência contemporânea de planejamento urbano. O local precisa do canteiro central, das carnaúbas para evitar futuros alagamentos na área”, disse Débora Moura.

Amina Andrade informou que a cada 15 dias o movimento vem ocupando a ponte.

“Teresina vem perdendo seu status de cidade verde. Como será Teresina daqui a 30 anos? Será uma cidade para os carros ou para as pessoas?”, questiona a estudante.

Júnior Araújo, um dos idealizadores do coletivo Salve Rainha, disse que o local é estratégico para discutir a negligência com os rios, principalmente o Poty, e alertar para a obra da ponte não virar um elefante branco.

“O Salve Rainha é uma tecnologia social de valorização do patrimônio cultural de Teresina. De levar arte, movimentar pessoas, oportunizar espaços para artistas e agitar o mercado cultural. É uma proposta itinerante, e também de denunciar locais que são esquecidos da cidade e que tem uma memória histórica”.

Salve Rainha é inspirado no evento chamado “Cidade Matarazzo” que acontece em São Paulo e foi batizada em homenagem a imperatriz Teresa Cristina.

Participando pela primeira vez como expositora, Mariel Werneck, se entusiasma com a proposta do Salve Rainha.

“Teresina não valoriza sua cultura, seus artistas. Teresinense olha muito pra fora e esquece a produção local. Essa ideia de ocupação de espaços faz essa reflexão”, disse Mariel que fez um ensaio fotográfico sobre o jui jitsu com  a temática “Guerra”.

“São pessoas praticando o jui jitsu, lutando pela vida, pela liberdade. Vontade de viver e ser o que é”.
 
 
Flash Yala Sena
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