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São Paulo faz 4 a 2 no Emelec e leva vantagem do Morumbi

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O São Paulo venceu os equatorianos do Emelec por 4 a 2 no Morumbi e ficou bem próximo de assegurar sua classificação para as semifinais da Copa Sul-Americana. Mas o resultado veio às custas de um grande susto. Depois de abrir 3 a 0 sem dificuldades no primeiro tempo, o time de Muricy Ramalho levou dois gols nos dez primeiros minutos da etapa complementar, contando com falha de Rogério Ceni, e passou sufoco até o zagueiro Antonio Carlos marcar o quarto e tranquilizar os mais de 22 mil presentes na noite de quinta-feira.

A proposta de jogo inicial do Emelec não parecia tão ruim quanto se mostrou logo de saída. Apesar de frágil, o time era disciplinado taticamente e abusava daquelas faltinhas típicas de jogos continentais para irritar o adversário. A mais pura catimba. Maicon, por exemplo, ganhou cartão amarelo por devolver uma faltinha, Paulo Miranda também se irritou e o Tricolor precisou de muito auto-controle para não ganhar mais cartões e perder a mão do jogo. Não precisava de desespero: o adversário era de nível baixo e Muricy tinha suas armas. Várias delas.

A primeira peça que se apresentou foi Michel Bastos, logo aos 11 minutos de bola rolando. O crédito, no entanto, também precisa ser de Maicon, que roubou a bola no contra-ataque do Emelec, tabelou com Kaká e serviu Michel Bastos em posição legal para um chute chapado, que deslocou o goleiro e abriu a contagem. Abriu, também, uma surpreendente cera dos equatorianos que, mesmo derrotados, ganhavam tempo, provocavam e tocavam de lado. O único problema para os equatorianos é que do outro lado havia talento.

Ganso, o mestre em resolver jogos difíceis, deu aula aos rivais que não queriam futebol, só catimba. Primeiro, acertou grande passe para Kaká, que recebeu na área, mas se embolou na marcação e viu Hudson concluir um gol chorado. Depois, o camisa 10 levantou como se o fizesse com a mão, novamente para Kaká, que tocou no meio da área. Alan Kardec apareceu, deu uma finta de corpo impecável na marcação e bateu no canto para marcar o terceiro. Assim mesmo: sem dificuldade, sem desgaste, sem preocupação. Um 3 a 0 no primeiro tempo de forma irretocável. Resolvido! Resolvido? Que nada!

Os primeiros dez minutos do segundo tempo foram um show de horrores do lado tricolor. Antonio Carlos entrou na vaga de Maicon, que saiu lesionado. Assim, Paulo Miranda foi para a direita e Hudson ficou no meio. Ou melhor, não ficou. O camisa 25 e Souza se descuidaram defensivamente, e o Tricolor também não conseguiu trocar passes sem contar com Maicon. Cenário ideal para o Emelec se soltar. Lançamento longo, gol. Lançamento longo, gol. Duas vezes, aos dois e aos nove minutos. O primeiro de Bolaños, em falha monumental de Rogério Ceni. O segundo de Mena, com a marcação longe do lugar onde deveria.

Susto, irresponsabilidade, vacilo, desatenção. Que se chame como quiser, mas o São Paulo viu toda sua vantagem ser desfeita em dez minutos. E apesar dos inúmeros erros de passe e da demora para acordar, o time de Muricy Ramalho correu atrás do quarto gol. Adiantado, Hudson levantou na área com maestria e o atacante disfarçado de zagueiro Antonio Carlos, que havia entrado mal e comprometido na defesa, achou um cabeceio no meio da defesa equatoriana e marcou um gol fundamental para fazer o São Paulo e sua torcida respirarem.

Mesmo depois de ver sua vantagem ser arruinada dentro de casa, o Tricolor pode até perder na próxima quarta, no Equador, que mesmo assim garante a vaga. O vencedor enfrentará Atlético Nacional, da Colômbia, ou Cesar Vallejo, do Peru. Os colombianos venceram o primeiro jogo por 1 a 0, em casa.


Fonte: Terra

 

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