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Sindicato dos Engenheiros critica reforma de transformar Agespisa em instituto

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Fotos: Wilson Filho/Cidade Verde

O presidente do sindicato dos Engenheiros do Piauí, Florentino Filho, que é servidor da Agespisa, comentou sobre a reforma administrativa que o governo quer fazer ao transformar a empresa de economia mista em instituto. Ele afirma que a lei já existe desde 2007, mas a burocracia é grande. 

“Os governos desde 2003 têm tentado projetos pilotos, primeiro foi o consórcio público na região Sul com 36 cidades, que sequer implantou um metro de cano e não deram conta. Em 2005 foi o projeto de privatização e em 2012 foi a tentativa da subdelegação que não vingou. A ideia do Instituto não é nova, em 2007 foi criado em Lei, mas nunca saiu do papel”, relembrou o engenheiro químico. 

De acordo com Florentino, dois pontos fundamentais impedem a mudança de empresa para instituto. 

“Dois pontos fundamentais: a mudança de regime de economia mista para autarquia extingue uma empresa e cria outra, com outro CNPJ, então cessaria os 160 contratos com municípios e teria que renovar, agora levando em conta duas leis novas a dos consórcios públicos e do saneamento, seria um processo burocrático muito grande e o outro é que a Agespisa possui 40 cidades superavitárias que custeiam as 120 menores e Teresina e Oeiras (que estão entre elas) têm interesse em tomar o sistema para os municípios e levar à privatização, poderia levar a isso”, acredita o engenheiro. 

Ele afirma que sempre as soluções encontradas pelos governos são sempre de extinção da empresa e não de recuperação, por isso, defende que técnicos tomem de conta da gestão e não políticos. 

“O que a Agespisa precisa é de despolitização, porque rateiam as sete diretorias entre os políticos e não há interesse em fazer dá certo, como já oferecemos um projeto de controle de perdas e não fazem. Colocar técnicos que conhecem a empresa,  dará uma valorização e projetos para deputados e o próprio governador para buscar negociar as dívidas e investir na empresa”, destacou. 


Caroline Oliveira
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