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Sindicato se preocupa com horário de verão, mas aguarda CBF

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O horário de verão começou no final de semana (na madrugada de sábado para domingo), mas o Campeonato Brasileiro ignorou totalmente essa mudança. O horário da rodada não foi alterado e por isso os jogadores tiveram que atuar sob um calor mais intenso que o normal. A situação preocupa a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), mas terá que aguardar por uma decisão da CBF.

Em contato com a reportagem do Terra, a Fenapaf confirmou que já enviou um ofício para a CBF. O principal pedido da entidade é que os jogos passem a acontecer às 17h (de Brasília) já a partir do próximo final de semana. Por enquanto três jogos estão marcados para 16h20. A mudança definitiva dos horários só está programada para a 32ª rodada, em novembro.

Além da mudança no horário dos jogos, a Fenapaf quer que os juízes tenham a mesma atitude da Copa do Mundo - após muita reclamação de jogadores e federações, a Fifa obrigou a realização de paradas técnicas para hidratação em partidas que o calor estava muito intenso, especialmente naquelas que aconteciam às 13h.

O ofício enviada pela Fenapaf, porém, não foi recebido até esta segunda-feira pela CBF. Apenas quando estiver com o pedido em mãos a entidade estudará alguma mudança nos jogos.

Apesar de parecer pequena a diferença de jogar às 16h ou às 17h, a mudança é significativa. Os raios ultravioleta são mais perigosos até 16h, o que pode causar muitos danos aos atletas, desde problemas mais simples, como o desgaste excessivos, até problemas cerebrais mais graves.

Fisiologista e neurocirurgião, Turíbio Leite Barros alerta para os riscos: "esse aquecimento leva às quedas de sódio plasmático e a sérios efeitos na saúde, que podem gerar danos cerebrais, às vezes irreversíveis". Em casos extremos os atletas correm risco de sofrer até um acidente vascular cerebral (AVC).

Nem as pausas para hidratação são perfeitas para conter os riscos que os jogadores correm: “a água cai primeiro no estômago para ser absorvida, não é algo que acontece automaticamente, por isso o atleta precisa fazer uma pausa e, preferencialmente, deitar horizontalmente por cerca de cinco minutos antes de retomar os exercícios”.


Fonte: Terra

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