No Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho diversas categorias se reuniram diante da sede da Superintendência Regional do Trabalho e fizeram um ato por melhorias. De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores da construção civil (Sitricon), Carlos Magno, somente no ano passado foram 54 acidentes de trabalho, com 27 mortes, sendo as principais por queda e soterramento.
O presidente destaca que as empresas não investem em equipamentos de proteção individual e nem coletivos, ele diz que hoje no Piauí há cinco pessoas trabalhando na construção civil.
“É uma das categorias que mais emprega, mas também é uma das que mais mata. Isso sem falar nas incapacitações e mutilações, mesmo com a fiscalização, em toda obra você encontra alguém trabalhando sem equipamento”, lamenta.
O auditor do Ministério Público do Trabalho, o médico do trabalho, Francisco Cruz Lima, reforça que a construção civil é sem dúvida a categoria mais afetada, por apresentar seis causas principais de acidentes: quedas, soterramento e choque elétrico.
“Falta treinamento, qualificação e garantias de equipamentos de proteção individual e coletiva. A queda de um andaime é fatal. Os riscos são altos e há pouca segurança e tem ainda os acidentes de trajeto, ocorridos no trânsito que também ferem e matam”, destacou.
Estão presentes no ato representantes dos comerciários, rodoviários, dos bancários, do setor hoteleiro e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Flash de Maria Romero
Redação Caroline Oliveira
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