Zagallo, Amarildo e Carlos Alberto Torres, ex-companheiros de Nilton Santos no Botafogo e na seleção brasileira, se despediram do amigo na tarde desta quinta-feira, em General Severiano, no velório da Enciclopédia do Futebol, que depois seguiu em carreata em carro aberto do Corpo de Bombeiros. O jogador foi sepultado sob aplausos no cemitério São João Batista. O ídolo alvinegro morreu na quarta-feira aos 88 anos após uma infecção pulmonar e uma longa luta contra o mal de Alzheimer. Ele estava internado desde sábado à noite na Fundação Bela Lopes, no Rio de Janeiro.

Com lágrimas nos olhos, Amarildo lembrou dos tempos de convivência com Nilton Santos e não poupou elogios aos maestro, a quem considera um dos maiores de todos os tempos.

- É uma pena, foi um dos maiores. O amor que ele tinha pelo Botafogo e pelo esporte nenhum outro demonstrou. Durante alguns anos formamos uma escola de futebol com Garrincha, Didi... O Nilton Santos era o maestro. Ele dava o sangue pelo clube, um homem e atleta perfeitos que não podemos esquecer nunca - disse o substituto de Pelé na Copa de 62.

Outros ex-companheiros também prestaram a última homenagem a Nilton Santos na sede do clube, como Jairzinho, Carlos Roberto, Gilson, Jair e Roberto Miranda. A Enciclopédia também ganhou muitas coroas de flores de amigos, inclusive uma de Pelé, e de políticos, além da CBF.

A esposa de Nilton Santos, Célia, que está com a saúde bastante debilitada por causa de um câncer no cérebro, ainda não sabe da morte do marido. O corpo do ex-lateral será enterrado nesta quinta no cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio de Janeiro.