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Táxis são baleados na estaiada; taxistas evitam ponte

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Os taxistas de Teresina estão evitando cruzar a ponte estaiada após a morte do seu companheiro de trabalho Carlos Alberto de Sousa, na última sexta-feira (29). Segundo um representante da classe, que não quis se identificar, dois veículos foram baleados neste final de semana ao passar pelo local. 

Foto: Rayldo Pereira/ Cidadeverde.com

“A situação está difícil para o nosso trabalho. Não estamos mais passando pela ponte estaiada porque já estamos correndo risco. A maioria de nós já evita trabalhar à noite como consequência do quanto estamos abalados. Os colegas estão com medo de sofrer represálias de pessoas da comunidade que estavam na manifestação”, declarou. 

Ele acrescenta que pessoas foram vistas acompanhando táxis e fotografando motoristas supostamente para realizar uma caça aos líderes da classe. O taxista diz ainda que houve uma diminuição no total de corridas e foi preciso traçar uma nova rota para evitar a ponte estaiada. 

“Quando levamos alguém para o aeroporto, usamos a ponte JK ou a da primavera, por causa do medo. Ontem, eles pararam o carro ao lado do nosso para olhar os taxistas, procurando alguns que estavam na mobilização. Nós sabemos que naquela região existem brigas de gangues rivais e esta foi uma medida de segurança que adotamos para nos preservar”, afirmou. 

Os prejuízos por conta da queda nas corridas estão refletindo no bolso dos taxistas que diminuíram o trabalho por conta do medo. “A situação é difícil porque a gente precisa trabalhar. A maioria de nós não está querendo rodar à noite e, como consequência, a nossa renda diminui”, concluiu. 

Flash de Rayldo Pereira
Redação Carlos Lustosa Filho
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