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Trombose: 8 mitos e verdades sobre a doença

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1. Varizes levam à trombose

Verdade. Mas isso não é uma regra. A variz é uma veia dilatada na qual o sangue circula mais lentamente, o que favorece a coagulação. E é quando um coágulo impede o fluxo sanguíneo que ocorre a trombose. "Nem todo paciente que tem varizes vai ter trombose, mas o risco é, sim, maior", explica o angiologista Eduardo Fávero, do Hospital Souza Aguiar, do Rio de Janeiro.

2. Só idosos têm esse problema

Mito. A trombose venosa - aquela que acomete principalmente os membros inferiores costuma aparecer em pessoas jovens, com idades entre 20 e 40 anos. "Elas estão mais expostas a fatores de risco como uso de anticoncepcionais, pouca atividade física, gravidez e trabalhar muito tempo sentado ou em pé", diz o cirurgião vascular Francisco Osse, do Centro Endovascular de São Paulo. 

3. Pílula + cigarro dão trombose

Verdade. Essa dupla é uma bomba-relógio, já que ambos elevam o risco do problema. O anticoncepcional, por ser composto de hormônios como estrogênio e progesterona, contribui não só para a formação de coágulos, mas também para que as paredes das veias fiquem mais dilatadas (o que abre portas para as varizes). Já o cigarro contém substâncias que são pró-coagulantes.

4. A gravidez é fator de risco para a trombose

Verdade. Há três motivos principais para isso. A elevação das taxas dos hormônios femininos e o fato de o organismo da gestante desencadear uma série de reações químicas com o intuito de evitar que o bebê seja encarado como um corpo estranho aumentam a coagulação. Além disso, o barrigão comprime a veia cava, responsável por transportar o sangue que vem das pernas para o coração. Desse modo, a circulação fica mais lenta e o sangue se acumula nos membros inferiores. Por tudo isso, os médicos aconselham o uso de meias de compressão (que estimulam o sangue a fluir normalmente) a partir do segundo ou terceiro trimestres da gravidez. Mas lembre-se: comece a usá-las somente depois de consultar um especialista.

5. Viajar de avião aumenta o risco da doença

Verdade. Essa associação é mais séria no caso de voos longos, já que a pessoa fica sentada por muito tempo. Com isso, os vasos das pernas - que dependem de movimentação para levar o sangue de volta ao coração - não conseguem cumprir seu objetivo. E quando o líquido sanguíneo não circula, a probabilidade de trombose é maior. Mas não pense que isso ocorre apenas em viagens aéreas. Trabalhar por longos períodos sentada ou em pé, por exemplo, também atrapalha a circulação. Por isso, além de levantar para dar uma caminhada, vale ir a um médico e perguntar se você está apta para usar meias elásticas.

6. A trombose não apresenta sintomas

Depende. Se o vaso afetado for pequeno, de fato, o problema pode passar despercebido. Agora, se a veia for profunda, dificilmente a pessoa não vai notar que algo está errado. "Os principais sintomas são dor, inchaço e sensação de peso nas pernas", diz Francisco Osse. Algumas pessoas notam alterações na coloração da área afetada, que pode ficar mais arroxeada ou avermelhada.

7. Não existe tratamento

Mito. A terapia contra a trombose vai depender da localização da veia afetada, do tempo que ela está obstruída e da extensão do trombo. No caso de pacientes recém-diagnosticados, dá para tratar com medicações anticoagulantes. Algumas pessoas, porém, não podem tomar esses remédios e, aí, recorre-se ao tratamento conservador. "Esperamos até que o próprio organismo reaja criando uma circulação em volta do local obstruído", conta Francisco Osse. Em situações mais graves, a solução é a cirurgia, que vai desentupir os vasos danificados.

8.Não dá para prevenir trombose

Mito. Adotar hábitos saudáveis, que vão combater os fatores de risco, é o caminho para evitar a trombose. Isso inclui praticar atividade física, ter uma alimentação equilibrada e não fumar. Além disso, é fundamental conhecer o seu histórico familiar, isto é, saber se outras pessoas da sua família já tiveram trombose. E, se você notar qualquer alteração nas veias das pernas, procure um médico - aqui vale a máxima de que quanto antes o tratamento começar, melhor.

Fonte: M de Mulher

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