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Último foragido da Operação Lava-Jato pretende se entregar nesta segunda em Curitiba

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Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades, vai se entregar à Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, nesta segunda-feira (24), levado por sua advogada Joyce Roysen. Ele é considerado foragido pela Justiça do Paraná há 15 dias, quando teve a prisão temporária decretada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, como suspeito de integrar o grupo criminoso investigado pela Operação Lava-Jato, que desviou pelo menos R$ 10 bilhões da Petrobras em licitações fraudadas e obras superfaturadas, com a participação das 13 grandes empreiteiras brasileiras.

Negromonte é acusado de transportar "malas e sacolas" contendo grande quantidade de dinheiro "em espécie" do escritório do doleiro Alberto Youssef a políticos e empresários que participavam do esquema de corrupção em torno da Lava-Jato. Em nenhum momento se fala no envolvimento de seu irmão no esquema.

Ultimamente, Adarico vem residindo em Registro, no litoral Sul de São Paulo e tem "quase 70 anos", como diz sua advogada na petição encaminhada ao juiz Sérgio Moro na última quinta-feira (20), na qual pede que a prisão temporária dele seja revogada e que ele possa prestar depoimento à PF nesta segunda-feira em liberdade.

Joyce Roysen protocolou o pedido de revogação da prisão temporária porque, se ela não for revogada, Negromonte terá que ficar na carceragem da PF pelo menos até a próxima sexta-feira (28). Isso se o juiz Moro não acatar o pedido do Ministério Público Federal (MPF), que deseja que ele tenha prisão preventiva decretada (fica preso de forma indefinida, até que a prisão seja revogada pelo juiz ou pelo Tribunal da 4 Região, em Porto Alegre).

No seu pedido, a advogada diz que seu cliente "vem sendo considerado como "foragido da Justiça, o que não é condizente, pois em momento algum foi realizada diligência em sua residência na cidade de Registro, para o cumprimento da medida coercitiva". "Assim, o requerente, por não suportar mais as mazelas da prisão temporária decretada por Vossa Excelência, por intermédio de suas advogadas, entrou em contato com a Polícia Federal de Curitiba e informou que se apresentará nesta segunda-feira, dia 24, a fim de que possa contribuir com as investigações criminais", diz a petição da advogada.

Ele apela para a idade avançada de Negromonte. "Afora isso, ratifica-se que a liberdade do requerente é de quase 70 anos de idade, ele é primário, tem bons antecedentes, possui residência fixa e ocupação lícita, e nada poderá influenciar sobre a coleta de provas que ainda resta a ser feita, razão pela qual, reitera-se que o enclausuramento a princípio decretado por Vossa Excelência, não se mostra imprescindível para o prosseguimento das investigações criminais". O depoimento em liberdade dificilmente acontecerá pois o juiz nada despachou até este domingo.

Fonte: O Globo

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