A vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí (OAB-PI), Eduarda Miranda, denunciou a situação crítica por que passa o Hospital Areolino de Abreu. De acordo com ela, o cenário é extremamente grave e a solução exige medidas emergenciais.

Eduarda Miranda conta que 52 dos 160 pacientes internados no Areolino de Abreu respondem na Justiça por algum crime. "Não é que o hospital esteja superlotado. Na verdade, ele está deixando de receber pacientes que deveriam ser tratados lá", destacou a vice-presidente da OAB-PI no Notícia da Manhã desta quinta-feira (27).

Na última terça-feira (25), membros da Ordem e conselheiros federais de medicina visitaram o Areolino de Abreu e constataram diversos problemas. "O hospital não possui segurança e está precisando de inúmeros socorros estruturais, inclusive de pessoal. A situação é extremamente grave. Temos que pensar em uma alternativa urgente. Há violações de direitos humanos", comentou Eduarda Miranda.

A preocupação da vice-presidente da OAB é maior em relação aos presos internados. "Nas outras unidade penitenciárias do estado, quando fazemos visitas, somos acompanhados por agentes penitenciários e não podemos chegar perto dos detentos. No Areolino, não. Eles andam livremente. Há uma limitação legal em razão de ser um hospital. Lá, alguns dos presos são perigosíssimos, como estupradores".

O Notícia da Manhã desta quinta-feira mostrou um caso que ilustrou bem a situação crítica da instituição. À espera de vaga, o doente psiquiátrico Aldair José de Sousa deixou o Areolino de Abreu durante uma madrugada e desapareceu. Familiares do paciente se desesperaram, e ele só foi encontrado dias depois, no Hospital de Urgência de Teresina, após sofrer um acidente de trânsito.

Flávio Meireles
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