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Vídeo: Chiê faz revelações e polícia crê em motivação política na chacina

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A Polícia Civil do Piauí divulgou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (7), que quatro das cinco mortes promovidas por Clewilson Vieira Matias em São Miguel do Tapuio (PI), teriam motivação política. Lideranças do povoado Palmeira de Cima teriam ido ao prefeito da cidade pedir que "Chiê" deixasse a região, em reunião realizada uma semana antes da chacina. 

 

 

Clewilson seria adversário político de Juvêncio dos Reis, uma das vítimas da chacina, que teria ido ao prefeito de São Miguel do Tapuio tratar do assunto. Inconformado com a possibilidade de ter de deixar a comunidade onde viveu nos últimos 35 anos, Chiê relatou em depoimento que não queria deixar o local e não estava suportando a pressão das pessoas por sua saída. 

Apesar do suspeito ter revelado pretender matar oito pessoas, o delegado Laércio Evangelista afirmou não ser possível confirmar ainda que o crime foi premeditado, mas apontou como certo que Clewilson já pensava em fazer algo a respeito. 

Frieza
Laércio Evangelista destacou que Clewilson Matias é frio e de alta periculosidade. Apesar da motivação política para quatro mortes, o autor confesso da chacina também é apontado por outros crimes, como o aluguel de armas para assaltos e até a participação em um deles. No dia 26 de agosto, no roubo a um comércio em Castelo do Piauí, Chiê teria participado da ação, que fez um ex-vereador da cidade como refém. 

A polícia também confirmou o episódio relatado por uma parente da esposa de Clewilson, Maria Moreira, primeira vítima da chacina. Semanas antes do homicídio, Chiê jogou gasolina e ameaçou atear fogo na companheira. No dia da matança, ela acabou assassinada, segundo o próprio autor, por não ter admitido a traição matrimonial. 

Dos alvos que escaparam de Chiê está um suposto amante de Maria Moreira. Para ele, o suspeito comprou uma faca com a qual pretendia castrá-lo. 

Apoio na fuga
A polícia revelou ainda já saber que duas pessoas deram apoio para Chiê. Um membro da comunidade levou comida para ele durante a semana de fuga no mato. O outro conseguiu a casa onde o autor confesso da chacina foi localizado. Os dois serão indiciados por dar suporte para Clewilson Matias. 

"Estas pessoas têm envolvimento direto com o tráfico, o que mostra que o Chiê também tinha esse tipo de envolvimento", disse o delegado geral James Guerra. 

Guerra informou que Clewilson vai responder por porte ilegal de arma de fogo e possívelmente por tráfico de armas, além dos cinco homicídios e o assalto em Castelo. Foi decretada a prisão temporária e será solicitada prisão preventiva com o argumento de garantia da ordem em São Miguel do Tapuio. Segundo o delegado, o suspeito "não tem condição nenhuma de conviver em nenhum lugar que não seja o sistema prisional". 

O delegado geral afirmou ainda ter pedido para a Secretaria de Justiça que o suspeito seja colocado no regime mais seguro possível. Clewilson foi levado para a Casa de Custódia de Teresina. 

Não matei mais, porque não achei

A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (7) um vídeo que mostra o depoimento do Clewilson Vieira Matias, o Chiê, 34 anos, suspeito da chacina no município de São Miguel do Tapuio. Na gravação, ele confessa os crimes, disse que procurou mais desafetos para matar, mas não os encontrou.

Ao ser questionado pelo delegado Matheus Zanatta, os motivos que levaram ele a não matar os outros desafetos, Chiê, é enfático: “Eu não achei”.

No vídeo, além de Zanatta, Chiê, presta depoimento na presença do delegado Laércio Evangelista. Em tom frio, o suspeito disse que matou a mulher, devido à traição, e as outras quatro vítima por vingança.

“Eles me perseguiam, estavam me sufocando, queriam me ver na cadeia, queriam me tirar fora do lugar”. 

Ele relata o que fez após matar as pessoas e como conseguiu fugir por sete dias. Chiê disse que iria se entregar, depois que falasse com a família. 

 

Carlos Lustosa Filho (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
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