Cidadeverde.com

Voo rasante de bimotor no Corso assusta foliões e gera polêmica

Imprimir

 

Um vídeo feito de uma aeronave sobrevoando a avenida Raul Lopes, em um voo rasante próximo a prédios e a Ponte Estaiada, assustou foliões do Corso e gera polêmica nas redes sociais. O vídeo foi gravado, por um dos passageiros, no último sábado(18), durante o Corso de Teresina, que por volta das 17h, teria ficado à altura dos edifícios e do mirante da Estaiada. 

Com mais de 118 mil visualizações e mais de 1.140 compartilhamentos na página “Aviação sem noção” na rede social Facebook, os internautas comentam sobre o perigo que tanto os ocupantes do avião Sêneca II, sofreram quanto do que provocaram para quem estava em solo. 

No próprio vídeo, o autor das imagens comenta o risco que o piloto estava submetendo a todos: “Comandante irresponsável do cão”. E outro momento chama por uma pessoa: “Bora, Albertim”.

Em uma das postagens, um internauta pede providências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e argumenta que a altitude do bimotor era arriscada. 

A assessoria da Anac informou ao Cidadeverde.com que já tomou conhecimento do caso, através de marcações nas redes sociais e está apurando. 

Em entrevista à TV Cidade Verde, o ex-superintendente da Infraero no Piauí, Wilson Estrela, afirmou que, por segurança, o voo deveria ter sido realizado a pelo menos 300 metros de altura a partir do ponto fixo mais alto na região, no caso a Ponte Estaiada.

“Todas as aeronaves são construtivamente projetadas para realizar voos também nas condições em que esse foi realizado. O que não se deve é realizar nas condições em que ele foi realizado. A legislação estabelece que em locais densamente povoados ou de grandes aglomerações, o voo tem que ser realizado a uma altitude mínima de 300 metros ou o equivalente a mil pés. Isso a partir do obstáculo vertical mais alto da região”, afirmou.

A infração da legislação pode gerar a cassação do registro de habilitação do profissional, além de punições de ordem pecuniária. Estrela disse que conhece o piloto e garante que ele é capacitado, no entanto, embarcou em ato emocional.

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

“É um profissional capacitado que se deixou emocionalmente se conduzir para uma atitude dessas. Ele está em processo de certificação para piloto comercial. É qualificado e se deixou levar pela euforia. Sem querer fazer juízo de valor sobre o profissional, ele desprezou as rotinas de segurança e as regras de segurança de voo que são ensinadas na formação dos profissionais”, explica.

Wilson Estrela disse ainda que a atividade de acrobacia é permitida, no entanto, esse não era o caso. “A atividade de acrobacia aérea é permitida e tem suas regras, mas quando não se trata daquilo, nada é permitido na aviação”, concluiu.

Caroline Oliveira
[email protected]

  • face3.jpg Facebook
  • face2.jpg Facebook
  • face1.jpg Facebook
  • face.jpg Facebook
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais