O candidato a governador do Piauí pelo PT, Wellington Dias, criticou seu sucessor no Palácio de Karnak e declarou que a gestão de Wilson Martins (PSB) deixará obras paradas para quem for eleito. 

"Quando sai do Governo havia realizado 10.400 obras em todo o Estado. Deixei 308 obras em andamento com verba garantida. Nenhuma obra parou no meu governo. O que vou receber se for eleito? Vou receber obras paradas", disse Wellington Dias, durante entrevista na rádio Pioneira, em Teresina (PI), nesta quinta-feira (21). 

"O Rodoanel está parado e sem dinheiro para continuar. Parou porque não tinha licença, não está dentro das questões legais. Começaram correndo, pensando em eleição, desobedeceram o que dizia o Governo Federal. E a obra mais cara que fica para o novo governo é a que ficou paralisada", acrescentou o petista.

Wellington Dias ainda demonstrou mágoa em relação a ponte sobre o rio Parnaíba, ligando Luzilândia (PI) a São Bernardo (MA). "Assinei ordem de serviço, comecei, deixei 90% concluída, deixei dinheiro em caixa. Paralisaram, e quando concluíram nem para a inauguração me chamaram", declarou. 

Educação
Durante a entrevista, Wellington Dias ainda criticou tanto Wilson Martins como o atual governador, Antônio José de Moraes Souza Filho - Zé Filho (PMDB) -, em relação a ações na educação. Segundo o candidato, os gestores não priorizaram questões básicas, como a merenda escolar.

"Além das obras paradas, o governo atual deixou de lado o transporte escolar. Tem escola que atrasou o início das aulas por falta de transporte escolar. O governo que não consegue priorizar transporte e merenda escolar não é bom", afirmou. 

Wellington Dias disse ter aumentado em cinco vezes o salário dos professores, quando foi governador. "Quando assumi o mandato, o professor recebia R$ 420. E em janeiro, não havia recebido o salário de setembro. Colocamos em dia, demos gratificação, coisa que o governo do Wilson retirou, como a regência", apontou.

O candidato do PT prometeu, se eleito, expandir o ensino técnico por todo o Piauí e instalar o ensino superior e pós graduação para os 224 municípios do Estado. 

Emanuela Pinto (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (Da Redação)
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