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Wellington Dias anuncia "mutirão" para sanar dívidas do Estado

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O governador eleito Wellington Dias (PT) anunciou que fará um mutirão para solucionar os problemas do Estado em seu primeiro dia de administração em sua volta ao Palácio de Karnak. Após analisar os primeiros relatórios obtidos pela equipe de transição, Dias reafirmou preocupação com os atrasos de pagamentos. Segundo o petista, há um débito que pode chegar a R$ 100 milhões somente de salários atrasados que deveriam ter sido pagos a terceirizados. 

 

 

"Após assumir o mandato, irei organizar um mutirão para fazer a defesa dos interesses maiores do Piauí", declarou.
  
A equipe de transição se queixou, na semana passada, do atraso na entrega dos dados por parte do governo. Porém, Wellington disse que as informações já repassadas causam preocupação.

“A situação do Piauí é bastante grave. Há novamente uma linha de desequilíbrio e ainda não sabemos o tamanho do prejuízo. Acredito que seja muito maior do que eu imaginava. Há hoje um desequilíbrio fiscal, um atraso em obras, em contratos e serviços. Durante a campanha, soube do atraso do pagamento de terceirizados. Ainda não tenho o número exato dessa dívida, mas pelo que já foi revelado pelo próprio governo, estima-se entre R$ 60 e R$ 100 milhões, ou seja, é algo muito grave”, disse o governador.
 
Wellington citou também as supostas irregularidades do Governo do Estado em relação a Lei de Responsabilidade Fiscal e ao Fundo de Previdência dos Servidores do Piauí. Teriam sido sacados mais de R$ 90 milhões da operação de crédito do BNDES.
 
Segundo o governador eleito, essa dívida não poderá ser paga pelo seu governo. Ele justificou dizendo que a lei esclarece que o que não é empenhando por um governo não pode ser assumido pelo seguinte.
 
“Esse caso da Previdência não é brincadeira. Foram R$ 93 milhões retirados. Estamos falando do futuro de aposentados, pensionistas e servidores públicos. Tenho uma preocupação inclusive porque o que não foi empenhado esse ano não será possível para o seguinte. Estão querendo meter a mão na receita de 2015 e isso é completamente ilegal. Coisa de quem está desesperado”, destacou.

Emanoela Pinto (Especial para o Cidadeverde.com)
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