O candidato a senador pela coligação "Piauí no coração", Wilson Martins (PSB), fez críticas ao governo federal e cobrou a responsabilidade pela realização de obras relacionadas a infraestrutura na região da Grande Teresina. Ele defendeu obras para a melhoria da mobilidade urbana e projetos futuros, como um novo Aeroporto para Teresina. 

“Não se pode admitir que o Governo Federal feche os olhos para obras prioritárias e tão urgentes, deixando tudo por conta dos estados e municípios", disse. 

De acordo com Wilson Martins, obras tipicamente federais, não tiveram a atenção de Brasília, a exemplo do Rodoanel.  “O Governo Federal simplesmente não liberou um centavo. Tudo ficou por conta do estado”, se referindo também as obras das pontes do Mocambinho, Frei Serafim e ainda da Ponte Wall Ferraz, ainda em fase inicial. 

"É um ônus excessivo e a União precisa ser parceira. Mas, nestes casos, o estado teve que tomar a frente para que a obra saísse do papel”, observa Wilson. 

Ele destaca as principais necessidades: ampliação do metrô de Teresina; duplicação das BRs 316 e 343, nas saídas Sul e Norte da capital; construção de ponte ligando as Zonas Sudeste e Sul; construção de novo aeroporto em Teresina; duplicação de vias de ligação da capital com as cidades do entorno, como União, José de Freitas, Altos, Monsenhor Gil; investir em infraestrutura produtiva (estradas, energia, comunicações) que viabilize um grande polo industrial na Grande Teresina, gerando dinâmica econômica em toda a região integrada; construção do Centro de Eventos.

Wilson Martins defendeu ainda mudanças no funcionamento da Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) da Grande Teresina. “No papel é muito bonita, mas não há efetividade”, diz. A RIDE tem à frente o Ministério do Planejamento, o que na opinião do ex-governador, engessa o funcionamento.

“É um espaço institucional que precisa se tornar efetivo instrumento de desenvolvimento da Grande Teresina, como se propôs no projeto original”, diz. Para ele, é preciso maior participação do estado e dos municípios da Grande Teresina e, sobretudo, maior capacidade de propor ações e garantir a inclusão no orçamento da União. Para Wilson, a região integrada pode ser fundamental para implantação das grandes obras de infraestrutura necessárias para o desenvolvimento dos municípios que a integram.

As obras do Rodoanel estão suspensas pela Justiça Federal do Piauí, até que se resolva a demanda relacionada à área do Assentamento Santana Nossa Esperança. Segundo decisão da 3ª Vara Federal, as obras teriam adentrado em área do assentamento, sob a administração do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), sem que houvesse autorização para isso. A decisão condicionou ainda a continuidade da obra à apresentação de estudo de Impacto Ambiental e a aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).  Para o MPF, a apresentação e aprovação prévia de Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental seriam documentos indispensáveis à condução da obra pública.

Da Redação 
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