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Wilson Martins defende reforma tributária e diz que Piauí enfrenta dificuldades

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O candidato ao Senado pela coligação Piauí no Coração, Wilson Martins (PSB), explicou hoje (29), em entrevista ao Jornal do Piauí, que está sendo bem recebido pela população neste início de campanha, criticou o desempenho dos três senadores piauienses e respondeu às críticas de que obras iniciadas em seu governo estejam paradas. 

Wilson Filho/Cidadeverde.com

Wilson também comentou a declaração do senador Jão Vicente Claudino (PTB) de que teria investido verba do governo do Estado em obra federal, referindo-se ao Rodoanel. 

"Investimos quase R$ 1 bilhão no projeto. Estamos fazendo obras que o governo federal deveria ter feito. Fizemos o projeto do porto, aprovamos no PAC, no Ministério do Planejamento, no da Integração Nacional, e o governo federal resolveu fazer um porto em Cuba. Isso é lamentável. Investimos dinheiro próprio para dar um choque. A presidente Dilma prometeu o recurso para a segunda etapa e não honrou. Mas é preferível errar do que pecar por omissão", declarou.

Ainda segundo o ex-governador, a obra do Rodoanel está parada por uma questão judicial iniciada por integrantes do Partido dos Trabalhadores. "O Rodoanel está parado por uma questão levantada pelo pessoal do PT que é ligado ao Incra. Quanto à duplicação, foi retomada a parte do sentido Altos e a outra parte está parada porque a Eletrobras não deu conta. Lamento que alguém esteja torcendo contra elas [as obras]", comentou.

Dificuldades

Wilson Martins falou ainda sobre a situação financeira do Estado. Ele explicou que qualquer governador sentirá dificuldades em equilibrar as contas enquanto não for aprovada a Reforma Tributária e o Piauí passe a receber uma parte maior do bolo das receitas. 

O ex-gestor afirmou ainda que a administração é prejudicada com as desonerações de impostos feitas pelo governo federal. "Encontramos o governo no limite do equilíbrio e passamos para o governador Zé Filho em estado muito melhor do que recebemos, evidentemente. O Piauí vive uma crise permanente, sempre no limite da responsabilidade do equilíbrio de valorizar o servidor, aumentando o repasse para os outros poderes. Toda essa engenharia você tem que ter muito cuidado porque o lençol é muito curto. Como é possível o governo federal fazer desonerações sobretudo os impostos para governos estaduais e municipais? O governo federal está fazendo gentileza com o chapéu alheio", afirmou.

Ele explicou que o Piauí é um "estado frágil" porque é meramente um estado consumidor e não produtor. "Consumimos 61% de tudo que produzimos. Produzimos R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões em produtos e compramos R$ 14 bilhões. Nossa legislação tem avançado, mas não o suficientes para manter o equilibrio das contas e o Piauí é atingido em cheio", completou.

As dificuldades, segundo Wilson, aconteceram com Wellington Dias (PT), com ele e com Zé Filho e persistirão. "Qualquer que seja o governador vai ter dificuldade enquanto a gente não fizer a reforma tributária. Mas a reforma não é da noite para o dia. Da presidente Dilma vetou a distribuição justa dos recursos do pré-sal. Perdemos R$ 300 bilhões por ano. Você imagina como é que você pode fazer mágica com isso? Não pode", analisou.

Campanha

Wilson está percorrendo o interior do Estado e disse que tem sido muito bem recebido pelas pessoas, por onde passa. O candidato avalia que a campanha ainda está no início e até setembro tende a "esquentar". "O mais animador é o sentimento que temos notado em cada cidadão, a receptividade, o olhar, o sorriso, o abraço, o aperto de mão dizendo que somos bem vindos e estão de peito aberto para discutir as propostas. Isso é animador para uma campanha que está no início, ainda fria e depois é que ela aquece, pega fogo", declarou.

Leilane Nunes
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