“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Esta frase, atribuída ao naturalista britânico Charles Robert Darwin explica bem o sentido da vida e dos que conseguem se manter vivos, mesmo diante das adversidades. Isto acontece nas nossas barbas, queiram ou não os que negam a ciência, todos os dias.
Esta semana passamos, eu, minha família e nossos amigos, uma provação bastante pesada. Alessandro Darwin, nosso filho caçula, ao ter contato com uma substância alergênica, muito provavelmente um fruto do mar (fonte de outros episódios de alergia pelos quais ele já vivenciou), desencadeou um choque anafilático com a interrupção de sua respiração.
Ao perceber que a situação se agravara, Alessandro disparou em busca de atendimento médico. Chegou ao hall do Pronto Atendimento (PA) do Hospital Unimed Primavera (HUP) em Teresina com o nível de saturação de oxigênio em 27% (o normal é de 95%-100%). Ao chegar pediu socorro e perdeu os sentidos. A equipe do PA foi muito rápida. Realizou todos os procedimentos necessários e o Alessandro nasceu novamente, aos 25 anos de idade.
Na sua chegada foi atendido pela equipe liderada pelo Dr. Rodrigo Beserra, médico urologista, para quem tive o imenso prazer de ser seu professor no Instituto Dom Barreto (IDB). Rodrigo me relatou que nunca tinha visto tanta resistência para alguém que chegou com os sinais vitais tão arruinados, em tão curto espaço de tempo. Todo o conhecimento e esforço de médicos e da equipe de enfermagem teve também uma inspiração pra lá de divina.
Choque anafilático...
De acordo com o site https://bvsms.saude.gov.br/choque-anafilatico/, é a forma mais grave de reação de hipersensibilidade (alergia), desencadeada por diversos agentes como drogas, alimentos e contrastes radiológicos. Os sinais e sintomas podem ter início após segundos à exposição ao agente ou até uma hora depois. A avaliação e o tratamento imediatos são fundamentais para evitar a morte. As causas vão desde a picada de insetos até o uso de alimentos ou contato com objetos/substâncias que provoquem a reação.
Qualquer pessoa pode desenvolver uma reação alérgica muito forte e vir a ter problemas e até sucumbir, caso não seja atendida a contento. É preciso ter o conhecimento sobre isso e andar prevenido, com orientação médica.
Sobre o título deste post...
Sou um darwinista convicto. E quando a Ana ficou grávida do nosso filho mais novo decidimos dar ao bebê um nome que homenageasse o naturalista britânico. Pegando as palavras de Charles Darwin, Alessandro provou que quem sobrevive é de fato o mais apto. Um exemplo da força que temos e que, quando necessária, precisamos usá-la.
Estou muito feliz esta semana, porque tudo não passou de um susto! Boa semana para todos (as).