2020 está chegando ao fim como um pesadelo do qual queremos todos acordar. Um ano em que ainda tentávamos nos recuperar do tombo econômico em que estivemos mergulhados e que foi atropelado pela avalanche da Covid-19, impondo uma realidade totalmente diferente para todos. O país, assim como o restante do mundo, se viu obrigado a parar por completo. O cenário era de cidades fantasmas, com ruas vazias, lojas fechadas e um silêncio assustador por todo canto.
Dentro de casa e dos hospitais, o medo e a incerteza do que poderia acontecer diante da presença de um vírus letal e com grande capacidade de disseminação. Houve muitas dúvidas ao longo dos meses, mas também muito aprendizado. Milhares de pessoas perderam a vida, muitas delas tentando salvar a vida de outras pessoas.
Chegamos a dezembro com 14 milhões de desempregados em todo o Brasil. A estimativa de queda do PIB – Produto Interno Bruto – é de 4,40%. Segundo o boletim Focus do Banco Central, a taxa acumulada de inflação nos últimos doze meses deve ficar em 5%. Com o fim do auxílio emergencial, somado ao desemprego e a alta dos preços, o consumo das famílias deve cair, retraindo o crescimento econômico.
Para completar, ainda não sabemos quando começará a vacinação contra a Covid-19 no país. Em entrevista coletiva concedida ontem, o Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, não apresentou uma data definitiva para o início da imunização no Brasil. É provável que aconteça apenas em meados de fevereiro, retardando ainda mais uma possível volta à normalidade.
Corrigindo o parágrafo inicial, 2020 não está chegando ao fim. Infelizmente, ele promete se estender pelos próximos meses de 2021. Parafraseando Zuenir Ventura: 2020 – O Ano que Não Acabou