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Ex-prefeito e mais seis são indiciados por esquema de lavagem de dinheiro

A Polícia Civil indiciou sete pessoas após descobrir um esquema de lavagem de dinheiro na secretaria de Educação do município de Corrente, a 874 km de Teresina. Foram indiciados pelo esquema o ex-prefeito Benigno Ribeiro, o ex-secretário de Educação Jedson Correa, o ex-secretario de Finanças Carlos Cleiton Rodrigues Nogueira, o então contador da prefeitura Luciano Pereira de Araújo, Dárcio Marquez Cardoso, Francisco das Chagas Lima dos Santos Junior e Maria José Fernandes do Carmo, responsáveis por gerenciar o pagamento dos professores da rede pública municipal.

Ex-prefeito de Corrente, Benigno Ribeiro

De acordo com o delegado Rodrigo Morais Matos, da 10ª Delegacia Regional de Corrente, o inquérito foi aberto em abril de 2013 após denúncias de servidores que estavam recebendo valores superiores aos salários em suas contas e tinham que devolvê-los em espécie.

"Diante dessa informação quebramos o sigilo bancário dos servidores responsáveis pela gerência contábil da secretaria de Educação e descobrimos transações financeiras elevadas em relação a renda dos servidores. Por exemplo, havia um servidor que recebia só um salário mínimo que conseguiu somar em um curto período de tempo R$ 50 mil em sua poupança", explicou o delegado.

Intimados a prestar esclarecimentos, os três servidores revelaram a existência de uma rede de notas frias e lavagem de dinheiro comandada pelo ex-prefeito Benigno Ribeiro e pelo ex-secretário de Educação Joedson Correia.

Como funcionava o esquema

"Empresas e pessoas físicas de Teresina forneciam notas referentes a serviços falsos para a secretaria em valores pequenos como R$ 5 mil e R$ 6 mil que dispensavam uma licitação, a secretaria de Finanças autorizava o repasse desses valores para as empresas, que retinham pequenas quantias como 'pagamento' pelas notas frias. Em seguida as empresas repassavam os valores para as contas de funcionários que eram obrigados a sacar o dinheiro e entregar em espécie para o então prefeito e para o ex-secretário de Educação", explicou o delegado.


De acordo com o delegado o rombo total do esquema pode ultrapassar R$ 300 mil, mas o Tribunal de Contas irá fazer uma aferição para detectar o valor desviado. "Vale ressaltar que isso é só a ponta do iceberg, de com três servidores descobrimos tudo isso, imagine se a gente pegar outros servidores", acrescentou Rodrigo Morais.

Todos os indiciados responderão pelos seguintes crimes: peculato, por furto na administração pública, lavagem de dinheiro, por tentarem dar forma lícita para o dinheiro por serviços que nunca existiram, falsidade ideológica, através da adulteração de informações de documentos e formação de quadrilha, por ter mais de quatro pessoas envolvidas.

Rayldo Pereira
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