“Prepara, que agora é a hora dos show das poderosas/ Que descem e rebolam/afrontam as preconceituosas”. Esta parafrase traduz o espírito dionisíaco que tomou conta da Potycabana ontem (20/02) com a Gaymada: acontecimento sociocultural que foi a maior fervenção em Teresina. A regra número um do jogo era: lacrar, zoar, purpurinar, se jogar, embaralhar as fronteiras de gêneros e pintar sobre o céu da cidade com um mosaico de cores humanas em suas múltiplas formas de expressão e ORGULHO DE SER.
Homos, heteros, bis, trans, barbies, fechosas, entendidos e pansexuais circulavam, closavam e irradiavam alegrias e performatividades entre os usuários daquele território. Tudo ali transpirava um diálogo democrático e multifacetado envolvendo atores/atrizes da competição, torcedor@s, transeuntes, famílias, jovens, idosos, casais, crianças e tod@s que ocupavam o Parque Potycabana.
E o mais exuberante das interações fervilhantes naquele espaço era que as formas dialogais ocorriam através de signos diversos: falas, dança, vestuário, músicas, cabelos, gestos, silêncios de êxtases e espanto, risos, abraços, performances, olhares, beijos, humor e outras expressões criativas.
A 2ª edição da Gaymada torna-se um acontecimento singular porque possibilita reunir um mar de gente num frenesi de misturas, aproximações, interações, atravessamentos, rupturas, desconstruções e reconstruções das narrativas humanas. Assim é, assim seja.
Por Herbert Medeiros
FOTOS DO EVENTO
Foto de João Aranha
Foto de João Aranha
Foto de João Aranha