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Livro "Escola: Tempo das Coisas" convida leitores/as a pensar sobre famílias, Amor e Educação

O Escritor, educador, teólogo e psicanalista, Rubem Alves, tem a sabedoria de expressar as gentilezas e sensibilidades do mundo ao declarar: “O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E a humildade está nisso: saber, não com a cabeça mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que nós não vemos.”

 Neste sentido, a obra ‘Escola: Tempo das Coisas’, de Josilene Neres, também é uma narrativa que convida pais, educadores/as, pedagogo, crianças, jovens e a sociedade em geral   para   o exercício de um escuta sensível,   acolhedora e respeitosa através do diálogo e convivência com as diferenças.   

O lançamento do livro será nesta quarta-feira(23/01), às 10h, no auditório do CENAJUS. Na ocasião, uma roda de conversa e autógrafo com a autora, a Profa. Drª Shara Jane Holanda Costa e o ilustrador Jota A. A escritora é Assistente Social e chefe da Divisão Pedagógica da Fundação Wall Ferraz.

‘Tempo das Coisas’ é uma narrativa infanto-juvenil permeada pela experiência dolorosa  do abandono de duas crianças e posteriormente o processo positivo de  acolhimento e adoção das personagens em núcleos familiares distintos.

No enredo, a  garota, uma da protagonistas da história, experiencia as relações de amor e cuidado com avó e tias como mães. O garoto tem na família homoafetiva o acolhimento socioemocional. No ambiente escolar, as crianças-protagonistas   convivem com outras das quais percebem-se como modelo familiar ‘padrão’.

Neste cenário narrativo, a obra  já instiga aos leitores/as a refletir sobre: o que pauta as relações familiares? Como desenvolver laços de socio-parentalidade mais respeitosos? A escola, como lugar de aprendizagens significativas, proporciona convivência com pluralidade de sujeitos e experiências familiares? Como a interação com as diferenças permitem caminhos de autoconhecimento e empatia?

Mergulhar na trama dos protagonistas pode revelar novos olhares sobre si mesmo, sobre o mundo ao redor e como descortinar relações humanas de respeito ao outro em toda sua singularidade e beleza. O poeta Belchior provoca em seus versos também essa constatação  sobre redescobrir o mundo: você não sente nem vê/mas eu não posso deixar de dizer meu amigo/Que uma nova mudança em breve vai acontecer/E o que há algum tempo era jovem e novo/ Hoje é antigo/E precisamos todos, todos rejuvenescer”.

Por Herbert Medeiros

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