O Coletivo Antônia Flor executa desde fevereiro de 2018 o projeto “Desencarceramento e enfrentamento a prisão provisória no Estado do Piauí”. A iniciativa tem financiamento do Fundo Brasil de Direitos Humanos e busca por meio de ações estratégicas refrear a amplitude da prisão provisória e das prisões ilegais como elementos centras do encarceramento em massa no Piauí.
Para dar efetividade aos objetivos do projeto, o coletivo realiza articulações com movimentos sociais, organizações parceiras locais e nacionais bem como fundamenta seu fazer com auxílio de pesquisas feitas sobre o sistema de justiça criminal. A interação proativa das parcerias e das/os atrizes/atores envolvidas/os são caminhos para repensar a superlotação prisional e a segurança pública por meio de medidas alternativas à prisão provisória.
Entre ações a serem implementadas estão: audiência pública, resultado de diálogos e pesquisas de referência sobre o tema; seminário para discutir justiça criminal e papel de instituições no aspecto do desencarceramento no PI e Brasil, contando com participação de representantes da área em foco e ativistas de movimentos sociais.
A promoção de campanha educativa por meio de mídias alternativas e redes sociais também é uma das atividades previstas no projeto, visando instigar debate racional, democrático e equilibrado com opinião pública sobre violações de direitos humanos no sistema carcerário. Fomentar a reflexão sobre a problemática permite visualizar a situação de negligência de algumas instituições para enfrentar com celeridade e resolutividade a realidade prisional.
O Coletivo Antônia Flor realizará ainda outras ações para propiciar reflexão sobre narrativas antipunitivas como enfrentamento de uma cultura exaltadora do populismo penal. O projeto pretende problematizar o discurso do endurecimento penal e seus efeitos deletérios para responder a complexidade socioeconômica, cultural, social e política da segurança pública e da política criminal.