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Cinco presos fogem da penitenciária de Esperantina

Depois de uma rebelião em Picos no meio da semana e uma tentativa de fuga em Floriano, foi a vez dos detentos da penitenciária de Esperantina provocarem um tumulto. Na noite de ontem (05), cinco conseguiram fugir do pavilhão D, das celas 1 e 5, depois de furarem o teto, utilizarem uma “teresa” (corda feita com lençóis) e cortarem as redes de proteção para pularem o muro. 

Segundo o diretor do presídio, agente penitenciário Agnaldo Lima, o fato aconteceu por volta das 19 horas e eles aproveitaram que só havia um policial militar nas guaritas externas para escaparem. 

“Estamos trabalhando com cinco agentes para 374 presos e apenas um policial militar, ou seja, sempre um lado do presídio fica descoberto e foi por onde eles fugiram”, explica o diretor da unidade que possui capacidade para 150 detentos. 

Os cinco fugitivos são da comarca de Teresina e dividiam o espaço com mais 13 detentos que continuaram nas celas. “Os que fugiram são detentos da capital que estão há muito tempo no sistema e não conseguem transferência para Teresina por causa da superlotação e assim ficam sem visitas. A opção deles é tentar ou fugir mesmo para forçar essa transferência”, destaca Agnaldo Lima. 

Policiais da Força Tática de Esperantina, viaturas com agentes do presídio fazem diligências no sentido de localizar os fugitivos. As polícias das cidades circunvizinhas e as polícias rodoviárias também foram avisadas e tiveram as fotos encaminhadas.  

Os presos foram identificados como:  Alysson Mateus Rocha Santos, vulgo Bactéria, acusado de roubo; Alexandro Alves Narros; Marcio Brito da Silva, acusado de roubo; Paulo Roberto de Oliveira e Jardel dos Santos Veloso (ou Paulo Railson Macena Ramos), preso provisório de Teresina por homicídio e tráfico de drogas e condenado em Batalha por roubo, formação de quadrilha e tráfico de drogas.

Sinpoljuspi

O presidente do Sinpoljuspi, José Roberto, alerta que com a proximidade do fim do ano a probabilidade é das tentativas e novas fugas aumentarem, já que há muitos presos provisórios no sistema que está superlotado e ainda possui déficit de agentes penitenciários e de estrutura. 

“O Estado é lento tanto nas obras de mais presídios quanto na reforma dos que existem, a Justiça também é lenta por não julgar os processos em tempo hábil e até a Defensoria Pública é insipiente em solicitar da justiça”, declara o presidente do sindicato.

Ele também criticou o baixo efetivo de agentes penitenciários e a falta de um concurso com vagas concretas para a categoria, já que o realizado pelo governo foi para cadastro de reserva e ainda está suspenso por suspeita de fraude. 

 

Caroline Oliveira
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