Foto: Arquivo Pessoal
Joseane Borges: candidata a presidente do PT para fortalecer relação do partido com Movimentos Sociais
O discurso do consenso existe, mas no processo de eleição do novo comando do PT no Piauí ele é somente discurso. Pelo menos por enquanto. Na prática, estão surgindo novos candidatos, o que deixa bem aberta a possibilidade da disputa pela presidência do partido no Estado, hoje nas mãos do deputado federal Assis Carvalho.
Assis sempre se colocou como candidato à reeleição e vem desenvolvendo diálogo com as diversas correntes que habitam no PT. Chegou a dizer que tinha o apoio de praticamente todos os deputados estaduais. Mas não é bem assim: Cícero Magalhães já disse que "muita água ainda vai rolar". E Flora Izabel tem outro candidato. As dissonâncias começaram a ficar bem claras.
Quem primeiro se colocou como concorrente foi o vereador Edilberto Borges, o Dudu, que faz duras críticas à gestão assinada por Assis. E agora surge o nome de Joseane Borges, que recebeu o aval da direção nacional de sua corrente, a Movimento PT, para entrar na disputa.
Assis defende seu legado. E os dois adversários que aparecem apontam mudanças que precisam ser feitas. Vale destacar o que cada um abraça.
Assis aponta fortalecimento da sigla
O grande discurso dos aliados de Assis Carvalho é o de fortalecimento do PT. Franzé Silva, por exemplo, diz que hoje o PT tem sete deputados na Assembleia, dois na Câmara, a vice-governadora e o governador muito em razão do trabalho de Assis. O PT se fortaleceu, afirma. E acha que esse trabalho precisa ser reconhecido através da recondução do deputado à presidência da sigla.
Dudu critica falta de democracia
Dudu faz duras críticas à gestão de Assis. Antes de mais nada, a considera autoritária e comprometedora de um elemento sagrado aos petistas: a democracia interna. Dudu chama o deputado de arrogante, a ponto de apresentar-se como “dono” dos votos do PT. Por isso mesmo, acredita que a mudança é necessária para arejar o partido.
Joseane quer PT nas ruas
Joseana é trans e assídua presença nos movimentos sociais. E isso traduz bem a linha de conduta de sua corrente, a Movimento PT, no Piauí liderada por Flora Izabel: fortalecer a relação do partido com as ruas, com os movimentos sociais, algo perdido durante a fase de governo em Brasília. Mas a avaliação é que esse resgate já está começando a ser feito, ainda que precise ser aprofundado.